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Temer deve escolher um "nome do mercado" para presidir a Vale

O atual presidente, escolhido pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2011, deve permanecer no cargo até o próximo mês de maio

Vale: para o lugar dele, Temer teria dito a interlocutores que deverá escolher alguém que tenha "trânsito" com o mercado (Adriano Machado/Reuters)

Vale: para o lugar dele, Temer teria dito a interlocutores que deverá escolher alguém que tenha "trânsito" com o mercado (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 16h23.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2017 às 16h30.

Brasília - Apesar da pressão de integrantes da base aliada, o presidente Michel Temer deverá escolher um nome do mercado para substituir o atual presidente da Vale, Murilo Ferreira.

O dirigente foi escolhido pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2011 e deve permanecer no cargo até o próximo mês de maio, quando expira o seu mandato.

Para o lugar dele, Temer teria dito a interlocutores que deverá escolher alguém que tenha "trânsito" com o mercado.

"O presidente me disse que vai indicar um nome de mercado. Não vai ser um nome da bancada do PMDB, nem do Aécio Neves. Ou seja, não será ninguém partidário", afirmou o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (PMDB).

O peemedebista e Temer conversaram sobre o tema na última quarta-feira, 16. "O presidente disse que será um nome que também tenha consenso entre os sócios e o governo", ressaltou Andrade. A Vale tem como sócios fundos de pensão de estatais, como Previ (Banco do Brasil), BNDES e Bradesco.

Entre aqueles que reivindicam a indicação para o comando da Vale estão integrantes da bancada do PMDB de Minas Gerais, na qual Andrade tem forte influência. Representantes da cúpula do PSDB também têm interesse.

Segundo auxiliares de Temer, o presidente ainda não definiu um nome, nem o perfil que será indicado para a presidência da Vale. A data da indicação também não foi acertada internamente.

Nesta segunda-feira, 20, a mineradora divulgou em fato relevante que seu novo acordo de acionistas, que entrará em vigor em maio, dispõe de proposta para listar a companhia no segmento Novo Mercado da BM&FBovespa - o que renderia benefícios a acionistas minoritários - e transformá-la em sociedade sem controle definido.

O mercado financeiro recebeu bem a notícia e, por volta das 15h45, a bolsa subia puxada por ações da mineradora.

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