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Teles preveem redução de chips em 2016

As teles acreditam que a redução na quantidade de chips deve se repetir em 2016, caso o governo não reduza a tributação dos serviços máquina-a-máquina


	As teles acreditam que a redução na quantidade de chips deve se repetir em 2016, caso o governo não reduza a tributação dos serviços máquina-a-máquina
 (Scott Griessel/Thinkstock)

As teles acreditam que a redução na quantidade de chips deve se repetir em 2016, caso o governo não reduza a tributação dos serviços máquina-a-máquina (Scott Griessel/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2015 às 11h37.

Brasília - Com a primeira queda no número de linhas ativas da história do setor de telefonia celular em 2015, as teles acreditam que a redução na quantidade de chips deve se repetir em 2016, caso o governo não reduza a tributação dos serviços máquina-a-máquina (M2M).

Em deste ano, o SindiTelebrasil - que representa as principais companhias do setor - registrava 275 milhões de linhas ativas no país, uma perda de 1% em relação ao fim do ano passado.

"É a primeira vez na história que cai o número de chips. Isso se deve ao menor consumo das pessoas, ao crescente uso de aplicativos de mensagens e à queda da tarifa interconexão nas chamadas para números de outras operadoras. Com isso, as pessoas não têm interesse em ter mais de um chip", explica o presidente-executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy.

Segundo o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, esse movimento de se falar menos e enviar mais mensagens de texto também é visto em outros países, mas o Brasil lidera essa migração no mercado latino-americano devido à penetração maior do uso de smartphones no país.

"Em 2016, praticamente a metade das receitas das companhias no Brasil virá dos serviços de dados. As operadoras esperavam uma transição mais lenta", aponta.

A queda de chips ativos no país ocorreu principalmente no modelo pré-pago, com uma queda de 4,5% até setembro, equivalente a cerca de 10 milhões de linhas. Já o pós-pago registrou um ligeiro aumento de 0,3% no mesmo período. "O Brasil vive uma transição que explodiu esse ano", acrescenta Tude.

Para compensar a queda na quantidade de usuários com mais de uma linha móvel ativa, as empresas esperavam o crescimento dos chips ativados para as comunicações máquina-a-máquina (M2M), mas o SindiTelebrasil reclama da tributação incidente sobre o serviço.

"O M2M ainda é muito incipiente porque ainda há a cobrança do Fistel. Para haver uma explosão dos serviços máquina-a-máquina, o Fistel deveria ser zerado, inclusive para as máquinas de cartão de débito e crédito", sugere Levy.

"Se o valor do Fistel se mantiver, devemos ter uma nova queda na quantidade de linhas em 2016", completa.

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