Negócios

Teles disputam eventos de grande porte

De acordo com levantamento da consultoria 4G Américas, as cinco maiores operadoras do Brasil investiram US$ 102 milhões para instalação de 164 km de fibra ótica


	Oi: a companhia deu suporte aos serviços de banda larga fixa e internet sem fio nos estádios e centros de convenções ligados ao torneio
 (Bruno Zanardo / Stringer / Getty Images)

Oi: a companhia deu suporte aos serviços de banda larga fixa e internet sem fio nos estádios e centros de convenções ligados ao torneio (Bruno Zanardo / Stringer / Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2014 às 17h19.

São Paulo - As empresas de telecomunicações estão de olho no crescimento do uso da telefonia e internet móvel durante grandes eventos no País. Esse nicho de mercado tem aumentado a competição e os investimentos das empresas, que enxergam nesses eventos uma vitrine para expor os serviços e reforçar as marcas, num setor entre os campeões de reclamações dos consumidores.

"As empresas estão de olho nesse mercado de grandes eventos e vêm se aperfeiçoando à medida que o Brasil vem atraindo eventos grandes", afirmou João Moura, presidente da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas (Telcomp). "Esse é um negócio a se investir porque é uma âncora de exposição para as empresas. Se alguém falhasse no atendimento do usuários na Copa seria uma tragédia. Mas quem desempenha bem consegue se destacar, melhorar a percepção dos usuários, pois ela está na vitrine", completou.

De acordo com levantamento realizado pela consultoria 4G Américas, as cinco maiores operadoras do Brasil (Vivo, TIM, Claro, Oi e Nextel) investiram US$ 102 milhões para instalação de 164 quilômetros de fibra ótica e 4.738 antenas para internet sem fio nos 12 estádios utilizados na Copa. Fora dos estádios, os investimentos foram de US$ 1,3 bilhão em infraestrutura móvel que será mantida nas cidades sede, com implementação de 10 mil quilômetros de fibra ótica, 15 mil novas antenas 3G e 4G e 120 mil pontos de sinal sem fio (Wi-Fi).

"Esses eventos exigem um planejamento detalhado. Quando atingimos um resultado positivo na operação, ele gera uma visão de credibilidade junto ao consumidor final", afirmou José Cláudio Gonçalves, diretor de Operação da Oi. A companhia foi a patrocinadora oficial da Copa do Mundo no Brasil, dando suporte aos serviços de banda larga fixa e internet sem fio nos estádios e centros de convenções ligados ao torneio.

Gonçalves ressaltou que a presença na Copa também serviu de estímulo para a Oi acelerar a aquisição de equipamentos e redes, que serão reaproveitados para outras operações. "Boa parte dos equipamentos vai ficar nos mesmos locais (como estádios e centros de eventos), porque são pontos de interesse para os usuários", explicou.

A reutilização dos equipamentos é considerada fundamental pela Oi, que decidiu adotar os eventos de grande porte como uma linha especial de operações, aproximando a empresa do mercado corporativo. Antes da Copa, a operadora já havia prestado serviço às organizações do Pan Americano, do Rock in Rio e da Jornada Mundial da Juventude. Pela frente, o principal projeto será o suporte para a transmissão de dados das urnas durante as eleições de outubro.

Com preços de smartphones e tablets cada vez mais acessíveis, a 4G Américas estima que o tráfego de dados de cada usuário deva crescer em média 83% por ano até 2020. Hoje, cada usuário consome em torno de 15 megabytes de dados por dia, em média. Em 2020, esse patamar deverá atingir 1 gigabyte. A questão é que, nos grandes eventos, esse consumo atinge picos tanto pela presença de multidões quanto pelas necessidades especiais de profissionais que atuam nos centros de operações e de imprensa.

O próximo grande evento no Brasil será a Olimpíada no Rio, em 2016. "Os testes já começaram, pois a infraestrutura de telecomunicações tem que estar pronta bem antes do evento. Uma parte será entregue neste ano e outra no fim do ano que vem", contou André Sarcinelli, diretor executivo de Engenharia da Embratel, que dará suporte ao evento em parceria com a Claro, ambas patrocinadoras. Além da Olimpíada, a Embratel já atuou na Fórmula 1 e no Open Rio (tênis). "Não é só um investimento para gerar receita. Tem muito mais o viés da divulgação da marca", ressaltou.

Acompanhe tudo sobre:3GBrasil TelecomClaroEmpresasEmpresas abertasEmpresas americanasEmpresas brasileirasEmpresas italianasEmpresas mexicanasEmpresas portuguesasNextelOiOperadoras de celularServiçosTelecomunicaçõesTelemarTIMVivo

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'