Logo da Telefônica visto em Madri: Telefônica/Vivo elevou seu endividamento no primeiro trimestre de 2014 (REUTERS/Susana Vera)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2014 às 10h00.
São Paulo - O nível de investimentos da Telefônica Brasil, dona da Vivo, cresceu no primeiro trimestre de 2014. O capex (do inglês capital expenditure) ficou em R$ 1,001 bilhão, aumento de 41,4% sobre o primeiro trimestre de 2013.
Conforme o relatório de resultados, essa evolução já demonstra o patamar mais alto de investimentos previsto para o ano, com foco em expansão de fibra óptica residencial (FTTH) e cobertura 3G e 4G.
A Telefônica/Vivo elevou seu endividamento no primeiro trimestre de 2014. Por causa disso, o indicador de alavancagem, medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda, passou de 0,06 vez em março de 2013 para 0,35 vez em março de 2014. Em dezembro, o indicador era de 0,17 vez.
A companhia chegou ao final de março com uma dívida líquida de R$ 3,667 bilhões, mais de 5 vezes superior a de R$ 655,2 milhões no final do primeiro trimestre de 2013, e o dobro na comparação com a posição de dezembro, quando a dívida líquida era de R$ 1,799 bilhão.
Em relatório que acompanha o demonstrativo financeiro, a administração da companhia atribui a diferença ante o quarto trimestre de 2013 principalmente ao pagamento de dividendos e de juros sobre capital próprio no primeiro trimestre de 2014.
A dívida bruta ficou em R$ 8,562 bilhões, uma queda de 2,2% em relação ao quarto trimestre de 2013, relacionada a amortizações de principal de dívidas com o BNDES e o BNB, como explica o documento. Na comparação com março de 2013, o montante cresceu 11%.
Do total do endividamento bruto, 15,7% é denominado em moeda estrangeira. A companhia ressalta que a exposição cambial da dívida está 100% coberta por operações de proteção cambial (hedge).
A geração de caixa operacional no período foi de R$ 1,271 bilhão, uma redução de R$ 990,4 milhões em relação ao primeiro trimestre de 2013, devido a pagamentos de Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações), que em parte ocorrera no trimestre seguinte em 2013. Sem isso, a queda seria de 8%, explica o relatório.
Ante o quarto trimestre, a geração de caixa operacional caiu em R$ 1,283 bilhão devido aos pagamentos feitos aos órgãos reguladores, em março deste ano, enquanto o caixa aplicado em investimentos foi R$ 780,8 milhões superior, em virtude do maior volume de adições ao ativo imobilizado, justifica a administração.