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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Madri - A empresa de telecomunicações espanhola Telefónica retirou sua oferta pela fatia da Portugal Telecom na empresa brasileira de telefonia celular Vivo, apesar da empresa portuguesa ter pedido mais tempo para discutir o negócio.
A Portugal Telecom finalizou uma reunião do Conselho na noite de sexta-feira sem chegar a uma decisão sobre se aceitava ou não a oferta de 7,15 bilhões de euros da Telefónica pela participação da companhia na Vivo. A primeira proposta da empresa espanhola ocorreu em maio.
Entretanto, um apelo final da Portugal Telecom para que o prazo para as negociações fosse ampliado para 28 de julho foi rejeitado pela Telefonica.
A Portugal Telecom afirmou em um fax, enviado 21 minutos antes do prazo que terminava no final do dia, que as negociações com a Telefónica tinham progredido de maneira construtiva e que a companhia estava empenhada em chegar a um acordo que agradasse todas as partes. O pedido foi negado em uma resposta por fax, e foi confirmado por meio de um comunicado ao regulador do mercado espanhol neste sábado.
"A Telefónica anuncia que, depois de o Conselho da Portugal Telecom não ter aceitado a oferta dentro do prazo estabelecido, a oferta foi descartada", disse a empresa espanhola.
O prazo final da Telefónica já havia sido prorrogado uma vez, após o governo português ter vetado a operação, há duas semanas, utilizando a sua golden share na Portugal Telecom.
A maioria dos acionistas da empresa portuguesa votaram a favor do negócio pouco antes da intervenção do governo.
Mais tarde, o Tribunal Europeu de Justiça afirmou que o uso da golden share violou as regras da União Europeia sobre a livre circulação de capitais.
A primeira oferta da Telefónica foi de 5,7 bilhões de euros e foi rejeitada em maio, e foi posteriormente elevada para 6,5 bilhões de euros, e, finalmente, para 7,15 bilhões de euros.
A Telefónica e a Portugal Telecom controlam juntas mais de 60 por cento da Vivo, a maior operadora de telefonia celular do Brasil, por meio da joint-venture Brasilcel.