Bandeira da companhia Telefónica na parede de um prédio na Espanha: a companhia espanhola desembolsará imediatamente 324 milhões de euros (Xavi Gomez/Cover/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2013 às 13h42.
Roma - A Telefônica e seus parceiros italianos afirmaram nesta terça-feira, 24, que chegaram a um acordo permitindo que a companhia espanhola se torne acionista majoritário da Telco, controladora da Telecom Itália.
Após duas semanas de negociações e às vésperas da expiração de um acordo prévio entre os acionistas, a Telefônica aumentará a sua participação na Telco e terá a opção de comprar o restante das ações a partir de 2014.
Pela transação, a companhia espanhola desembolsará imediatamente 324 milhões de euros (US$ 438 milhões) em dinheiro para comprar ações da Telco, o que aumentará a sua fatia na companhia para 66%, frente a 46% antes do acordo, afirmaram as acionistas italianas Assicurazioni Generali, Intesa Sanpaolo e Mediobanca, que continuarão detendo participação na controladora da Telecom Itália.
A Telefônica concordou em pagar uma segunda parcela de 117 milhões de euros, através da emissão de novas ações da Telco, uma vez que tenha obtido as aprovações regulatórias necessárias, elevando a sua participação para 70%.
Em 2014, a companhia espanhola terá o direito de converter todos o seus papéis da Telco em ações ordinárias, assumindo o controle sobre a companhia, que detém 22,4% de participação na Telecom Itália.
A partir de janeiro do ano que vem, a Telefônica também tem a opção de comprar, em dinheiro, a totalidade das ações da Telco. O valor por ação para esta operação seria de 1,10 ou o preço médio de fechamento das ações da Telecom Itália - será escolhido o valor mais alto entre essas duas opções.
O acordo vai ajudar a pavimentar o caminho para resolver uma série de problemas enfrentados pela Telco, incluindo a necessidade operacional da empresa de uma injeção de capital robusto para evitar ter a sua nota de crédito rebaixada para um grau especulativo (junk), assim como os potenciais desafios de defesa da concorrência no Brasil, onde tanto Telecom Itália quanto Telefônica operam empresas rentáveis de telefonia móvel. Fonte: Dow Jones Newswires.