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Telefônica vê lucro saltar 34,5% com menor depreciação

Lucro da companhia no 3º trimestre subiu 34,5%, para R$ 1,022 bilhão


	Loja da Vivo: lucro de R$ 1,022 bilhão no terceiro trimestre do ano
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Loja da Vivo: lucro de R$ 1,022 bilhão no terceiro trimestre do ano (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 15h04.

São Paulo - A Telefônica Brasil, líder em telefonia móvel no Brasil com a marca Vivo, teve avanço de mais de 30 por cento em seu lucro líquido no terceiro trimestre, beneficiada por menor depreciação, ganhos fiscais e avanço das receitas de dados.

O lucro do período de julho a setembro subiu 34,5 por cento na comparação o terceiro trimestre do ano passado, para 1,022 bilhão de reais, informou a empresa nesta terça-feira.

Já a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) teve avanço de 7 por cento sobre o mesmo trimestre do ano passado, a 2,548 bilhões de reais.

Analistas, em média, esperavam Ebitda de 2,57 bilhões de reais e lucro líquido de 932 milhões, segundo pesquisa da Reuters.

"Mostramos crescimento sólido no segmento de pós-pago, que está crescendo 23 por cento ano a ano, e crescimento do percentual de participação dos dados no total da receita (de serviços móveis), com 38 por cento", disse o diretor-geral da operadora, Paulo Cesar Teixeira, em conferência com jornalistas.

O lucro líquido da companhia controlada pela espanhola Telefónica também foi puxado por recuo 4,3 por cento na linha de depreciação e amortização, a 1,31 bilhão de reais, principalmente em função do ganho obtido em revisão periódica de vida útil de ativos imobilizados.

Além disso, a companhia registrou ganhos fiscais gerados na declaração de juros sobre capital próprio no período, informou.

Entre julho e setembro, a receita operacional líquida da Telefônica Brasil subiu 1,2 por cento sobre igual trimestre do ano passado, a 8,72 bilhões de reais.

Enquanto isso, a receita operacional móvel avançou 3,5 por cento, a 5,94 bilhões de reais, o faturamento com serviços fixos caiu 3,2 por cento, a 2,79 bilhões de reais.

A base de linhas celulares cresceu 4,2 por cento no trimestre, para 79,823 milhões, com aumento de 22,8 por cento na base de usuários pós-pagos e declínio de 3,4 por cento nos clientes pré-pagos, menos rentáveis.

A receita média por usuário (Arpu) fechou o período estável sobre um ano antes, a 23,60 reais por mês, com a alta de 16,2 por cento da Arpu de dados compensando o declínio de 8,1 por cento na Arpu de voz.

A companhia reduziu os investimentos em 16,6 por cento na comparação anual, a 1,559 bilhão de reais no terceiro trimestre.

O grupo encerrou setembro com dívida líquida de 1,45 bilhão de reais, equivalente a 0,14 vez o Ebitda no acumulado dos resultados dos últimos 12 meses.

A empresa, que participou do leilão da frequência de 700 MHz da telefonia de quarta geração (4G) em setembro, deverá assinar nos próximos dias contrato com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para formalizar a aquisição do espectro.

Segundo o diretor-financeiro da operadora, Alberto Horcajo, o pagamento da frequência será feito à vista, assim que o contrato foi assinado.

A Telefônica Brasil realizou lance mínimo de 1,928 bilhão de reais pelo lote 3 no leilão do 4G.

Consolidação

Teixeira evitou fazer comentários sobre as perspectivas de consolidação no mercado de telecomunicações brasileiro.

Sobre a eventual oferta conjunta de compra da TIM Participações com Claro, da América Móvil, e Oi, o executivo declarou que "já respondeu em nota oficial" à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No fim de outubro, a Telefônica Brasil disse que "desconhecia a existência de acordo" para oferta de compra da TIM Participações.

O executivo declarou também que a empresa está cumprindo todas as etapas necessárias para atender requisitos regulatórios e legais após a compra da operadora de banda larga GVT, fusão pendente de autorização dos órgãos reguladores.

Em setembro, o grupo francês de mídia Vivendi concluiu um acordo para vender a GVT para a Telefónica por dinheiro e ações no valor de cerca de 7,2 bilhões de euros (9,29 bilhões de dólares).

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