Telefônica: a geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou 2,575 bilhões de reais, recuo de 16,7 por cento na comparação anual (Angel Navarrete/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2013 às 08h59.
São Paulo - A Telefônica Brasil divulgou nesta quarta-feira que encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de 914 milhões de reais, queda de 15,8 por cento sobre o ganho obtido um ano antes, num resultado praticamente em linha com o esperado por analistas do setor.
A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou 2,575 bilhões de reais, recuo de 16,7 por cento na comparação anual. No período, a margem passou de 37,5 para 30,3 por cento.
Analistas consultados pela Reuters esperavam lucro líquido de 893 milhões de reais e Ebitda de 2,665 bilhões, com margem de 31,4 por cento.
O resultado foi atingido por maiores despesas com relançamento da operação de TV paga do grupo, além de despesas maiores com fidelização de clientes na rede fixa e de limpeza de base de clientes celulares com foco nos pós-pagos.
A empresa, que opera no Brasil com a marca Vivo, teve alta anual de 13,9 por cento nas despesas comerciais, de 33,8 por cento no custo de mercadorias vendidas, enquanto a linha de custos "outros" disparou de 102 milhões para 380 milhões de reais.
No total, os custos operacionais da Telefônica Brasil cresceram 14,9 por cento sobre o segundo trimestre de 2012, para 5,916 bilhões de reais, avançando ainda 2 por cento sobre os três primeiros meses de 2013.
A empresa informou ter vendido torres de telefonia no valor de 79,6 milhões de reais no trimestre.
A Telefônica Brasil encerrou o segundo trimestre com receita líquida de 8,49 bilhões de reais, leve alta anual de 3 por cento.
A companhia fechou o semestre com 91,14 milhões de acessos --serviços como telefonia móvel e fixa, banda larga e televisão--, praticamente estável em relação ao ano anterior. Do total, 76,2 milhões correspondem a acessos móveis, alta anual de 0,6 por cento, e 14,94 milhões a fixos, queda de 1,3 por cento.
Na telefonia móvel, o foco nos clientes mais rentáveis resultou em crescimento de 20,4 por cento na base de linhas pós-pagas e queda de 5,2 por cento nos pré-pagos no último trimestre. Com isso, a receita média por usuário (arpu) de dados subiu 23,4 por cento, para 7,4 reais por mês, enquanto o arpu de voz caiu 3 por cento, a 15,5 reais mensais.
A Telefônica Brasil fechou o primeiro semestre com dívida líquida de 523,6 milhões de reais, queda anual de 83,5 por cento. Segundo a empresa, a exposição cambial está 100 por cento coberta por operações de hedge.
*Matéria atualizada às 09h