Telefônica: "No Brasil não fizemos nenhum tipo de aproximação com TIM, nem outros competidores nesse período. Temos provas materiais de que seguimos o TCD", disse presidente (AFP / Orlando Sierra)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 14h44.
São Paulo - A Telefônica Vivo ainda não tem uma avaliação sobre decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), proferida na semana passada e publicada na quarta-feira, 11, quanto às restrições na negociação para aumentar sua participação na Telco, empresa controladora da Telecom Italia.
"Na semana passada havíamos dito que não tínhamos como fazer uma avaliação da decisão do Cade, pois a Telefônica ainda não havia sido notificada. Como essa decisão foi publicada ontem mantemos essa posição. Temos confiança de que a operação tem sido regular", disse nesta quinta-feira, 12, o presidente da Telefônica Vivo, Antonio Carlos Valente, completando que pode ser que haja detalhes em voto de algum conselheiro do órgão antitruste que ainda precisam ser avaliados.
"Veremos o que vamos fazer depois de analisar em detalhes a decisão", afirmou, em evento com à imprensa, na cidade de São Paulo.
O executivo frisou que a entrada da espanhola na Telco ocorreu em 1º de maio de 2007 e nesse período as empresas atuaram de maneira distinta no Brasil.
"Não desrespeitamos nenhuma regra nesses seis anos", afirmou. Segundo ele, em assuntos relativos ao Brasil nas reuniões da Telco os executivos da Telefônica saíam da sala.
"No Brasil não fizemos nenhum tipo de aproximação com TIM, nem outros competidores nesse período. Temos provas materiais de que seguimos o TCD", disse.
Valente se refere ao ermo de Compromisso de Desempenho (TCD) assinado pela Telefônica e a TIM, como parte das exigências do Cade para aprovar o ingresso da operadora espanhola no capital da italiana, em 2010. Agora, o Cade questiona se a Telefônica teria descumprindo alguns dos termos.
O grupo espanhol Telefónica - que com a saída da Portugal Telecom passou a controlar por completo a Vivo - tem acordo para aumentar sua participação acionária na Telecom Italia, que controla a TIM no Brasil.