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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
Roma - O presidente da Telecom Italia, Gabriele Galateri, afirmou hoje que a oferta da Telefónica pela participação de Portugal Telecom na Vivo, controlada pela portuguesa e pela espanhola de forma conjunta, não muda sua estratégia empresarial no Brasil.
Durante a inauguração da sede do Banco Popolare di Vicenza em Milão, Galateri foi perguntado sobre o interesse pela Vivo da Telefónica, companhia que, por sua vez, participa do conjunto de acionistas de Telecom Italia por meio do consórcio Telco.
Diante da pergunta sobre se este movimento por parte da Telefónica muda seus planos devido a um possível conflito de interesses no mercado brasileiro, no qual a Telecom Italia está presente com o controle da Tim, Galateri respondeu com um sonoro "não".
Em declarações publicadas pela imprensa italiana, o presidente de Telecom Italia disse também que o interesse da Telefónica pela Vivo demonstra que "o Brasil é um país extremamente importante" e confirma a estratégia da operadora italiana de "desenvolver" sua presença no Brasil de um modo "mais bem brilhante".
A Telefónica é sócia majoritária, com 46,1%, do consórcio Telco, integrado também pelos bancos Mediobanca e Intesa Sanpaolo e pela seguradora Generali. O consórcio Telco, por sua vez, controla 22,5% das ações da Telecom Italia.
Ainda durante o evento em Milão, Galateri foi perguntado sobre as declarações feitas em 3 de junho por Marco Fossati, segundo acionista de referência da Telecom Italia com 5% das ações, que apostava por uma saída da Telefónica do consórcio Telco para evitar um "conflito de interesses" no Brasil diante de um eventual aumento da participação da espanhola na Vivo.
Neste sentido, o presidente da operadora italiana disse não querer opinar sobre os comentários de outros acionistas.
O executivo-chefe do Intesa Sanpaolo, Corrado Passera, afirmou no mesmo evento em Milão que, se a Telco se pronunciar sobre o movimento da Telefónica pela Vivo, o fará "com uma só voz".
"Na Telco, somos vários acionistas. Se temos que falar, falaremos juntos", disse Passera.