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Telecom Italia espera sinal do Brasil sobre aquisição da Oi

Governo brasileiro está atualmente ponderando questões regulatórias e de dívida e também está em conversas sobre licenças que podem durar até o meio do ano


	Governo brasileiro está atualmente ponderando questões regulatórias e de dívida e também está em conversas sobre licenças que podem durar até o meio do ano
 (Alessandro Bianchi/Reuters)

Governo brasileiro está atualmente ponderando questões regulatórias e de dívida e também está em conversas sobre licenças que podem durar até o meio do ano (Alessandro Bianchi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 11h45.

Milão - A Telecom Italia vai aguardar um sinal verde do governo brasileiro antes de iniciar conversas para comprar a Oi, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto à Reuters.

Após reuniões em Brasília com os ministros das Comunicações e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior na semana passada, o presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, vai atualizar o conselho de administração do grupo italiano sobre a situação no Brasil durante encontro marcado para a quinta-feira. A reunião também servirá para revisão do novo plano estratégico do grupo.

Em novembro, a Telecom Italia pediu que Patuano examinasse a viabilidade da fusão da TIM Participações com a Oi para criar a maior operadora de telefonia do Brasil.

"Um sinal do governo (brasileiro) é necessário para começar quaisquer conversas diretas com a Oi", disse uma das fontes nesta quarta-feira. "Um fortalecimento da TIM é visto favoravelmente por autoridades, mas há questões importantes que ainda precisam ser resolvidas", acrescentou a outra fonte.

Representantes da Telecom Italia não quiseram comentar o assunto.

O governo brasileiro está atualmente ponderando questões regulatórias e de dívida e também está em conversas sobre licenças que podem durar até o meio do ano.

Na semana passada, uma fonte do governo a par do assunto afirmou à Reuters que o governo federal não tem preferências quanto ao formato de uma eventual consolidação do mercado de telecomunicações brasileiro e nem se opõe a uma possível redução do número de operadoras atuando no país.

Patuano disse também na semana passada, após encontro com o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que o tema de consolidação do mercado brasileiro não foi tratado na conversa.

Após perder para a espanhola Telefónica a disputa pela operadora GVT no ano passado, a TIM continua sendo a única operadora no Brasil sem uma rede de telefonia fixa.

Uma fonte de preocupação da Telecom Italia seria a expiração das licenças de telefonia fixa da Oi em 2025, o que cria incertezas sobre sua base de ativos e valor da empresa. Negociações para resolver isso podem durar até meados do ano, afirmou uma fonte.

Além disso, outras preocupações incluem elevado endividamento da Oi, complexa estrutura corporativa e obrigações de universalização de serviços.

A Telecom Italia decidiu focar em ampliar investimentos em sua própria rede no Brasil e vai continuar a fazer uma análise interna sobre uma combinação da TIM com a Oi, disse uma fonte.

O grupo italiano está mirando uma participação de 51 por cento na empresa resultante da combinação e documentos avaliados por seu conselho em novembro mostravam sinergias potenciais de até 9 bilhões de euros.

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