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Telecom Italia continuará italiana, diz Telefónica

Presidente da espanhola ofereceu garantias sobre o futuro da Telecom Italia, enquanto a espanhola amplia participação na rival italiana


	Sede da Telefônica: companhia fechou acordo em setembro para ampliar gradualmente o controle da Telco, holding que controla a Telecom Italia
 (Angel Navarrete/Bloomberg)

Sede da Telefônica: companhia fechou acordo em setembro para ampliar gradualmente o controle da Telco, holding que controla a Telecom Italia (Angel Navarrete/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 15h42.

Roma - O presidente da Telefónica, Cesar Alierta, ofereceu nesta terça-feira garantias sobre o futuro da Telecom Italia, enquanto a espanhola amplia participação na rival italiana.

A Telefónica fechou acordo em setembro para ampliar gradualmente o controle da Telco, holding que controla a Telecom Italia, levantando resistência de alguns políticos italianos e sindicatos preocupados com a segurança nacional, a perda de empregos e o ritmo dos investimentos em tecnologia.

Após um encontro com o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, nesta terça-feira, Alierta disse a jornalistas: "a Telecom Italia continuará sendo uma empresa italiana e a Telefónica irá garantir os empregos." Alierta disse ainda que seu grupo garantirá a continuidade dos investimentos em fibra óptica e redes de internet móvel de quarta geração (4G) da Telecom Italia, que tem uma dívida de aproximadamente 29 bilhões de euros (40 bilhões de dólares) e enfrenta uma profunda recessão em seu mercado doméstico.

A Telco, detida pela Telefónica e um consórcio de três grupos financeiros italianos, detém 22,4 por cento da Telecom Italia, mas controla de fato a companhia porque indica a maioria de seus conselheiros.

O novo presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, indicado após o acordo da Telco ser anunciado, está revisando a estratégia da empresa e apresentará um novo plano de negócios numa reunião de Conselho no dia 7 de novembro.

Mais cedo nesta terça-feira, o ministro italiano da Indústria, Flavio Zanonato, disse que a Itália pretendia proteger a segurança dos dados que trafegam pela rede de telefonia fixa da Telecom Italia e que não era contrário a investimentos estrangeiros no país.

Depois do acordo envolvendo a Telco, a Itália disse que poderia ampliar seus poderes para vetar mudanças estratégicas nos setores de energia, transportes e telecomunicações. Também disse que tomaria medidas para reduzir o teto que dispararia uma oferta pública de aquisição de ações obrigatória em caso de tomada de controle, o que poderia complicar as ambições da Telefónica na Itália.

Alierta disse que não discutiu com Letta novos limites para a tomada de controle ou um plano de separação do negócio de telefonia fixa, a maior infraestrutura de telecomunicações da Itália, que emprega cerca de 20 mil pessoas.

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