O serviço da Telebrás/TIM, porém, terá limitação do consumo de dados a 500 MB de download por mês (FM-PAS/Flickr)
Da Redação
Publicado em 13 de julho de 2011 às 14h25.
Brasília - O contrato entre a Telebrás e a TIM para o fornecimento de internet rápida a preços populares dentro do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) deve alcançar até 1 mil municípios até o fim de 2012. De acordo com anúncio feito hoje no Ministério das Comunicações, o acordo para o uso recíproco das infraestruturas deve entrar em operação a partir de setembro, mas em apenas quatro cidades.
Samambaia e Recanto das Emas, no Distrito Federal, e Águas Lindas e Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, serão os primeiros municípios a contarem com o plano popular de internet móvel da TIM, com velocidade inicial de 1 megabits por segundo por R$ 35 mensais. O serviço, porém, terá limitação do consumo de dados a 500 MB de download por mês. A partir desse ponto, a velocidade cairá para 128 kilobits por segundo.
O presidente da Telebrás, Caio Bonilha, adiantou que outras oito cidades do Tocantins contarão com o plano em breve. "Daremos tratamento isonômico à TIM e aos demais provedores. O fato de a TIM ter contrato com a Telebrás em mil cidades não dará nenhuma vantagem para a empresa em cidades específicas", acrescentou o executivo.
O diretor do Marketing da operadora, Rogerio Takayanagi, destacou a dificuldade que a TIM possuía em alcançar municípios do interior do País, que deve ser agora superada graças ao acordo com a Telebrás. "O Brasil tem uma demanda reprimida muito grande, porque o serviço custa caro e não tem infraestrutura", afirmou.
Bonilha também comemorou o acordo firmado com a Eletronorte, que deve acelerar o atendimento da Região Norte pelo programa de universalização do acesso à banda larga. Ele destacou a possibilidade de a Telebrás utilizar a rede que a companhia energética possui entre Porto Velho (RO) e Barra do Peixe (MT). A Telebrás está finalizando a ligação entre a cidade mato-grossense e Brasília.
"Poderemos realizar uma antecipação do atendimento, que não estava prevista no orçamento da companhia deste ano, que é apertado", disse Bonilha. "Vamos fazer acordos com várias empresas e evitar construir infraestrutura onde já existe", completou.
Já o diretor-presidente da Eletronorte, Josias Matos de Araújo, afirmou que o acordo com a Telebrás e outras operadoras para o fornecimento da banda larga popular poderá diminuir a tarifa de energia cobrada pela companhia aos consumidores. "A cada quatro anos a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) leva em conta outros negócios que temos para determinar a modicidade tarifária", concluiu.