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TED busca inovação fazendo o que o público quer

Às vésperas de completar 30 anos, o TED foi buscar novidades em 14 cidades de todos os continentes


	De maneira colaborativa, o TED tem utilizado a seu favor as ferramentas da era digital
 (Marla Aufmuth/Divulgação)

De maneira colaborativa, o TED tem utilizado a seu favor as ferramentas da era digital (Marla Aufmuth/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 09h45.

Às vésperas de completar 30 anos, o TED, talvez a maior fonte contemporânea de inovações e ideias do mundo, foi buscar novidades em 14 diferentes cidades de todos os continentes. Cerca de metade dos palestrantes foi encontrada com a ajuda dos organizadores dos eventos independentes organizados sob licença, os TEDx.

Esta maratona pelo mundo fala muito sobre como o TED evoluiu desde que apostou nas possibilidades da internet. Em 2006, o curador Chris Anderson, ex-publisher do mercado americano (não confundir com o homônimo que dirigiu a revista Wired), resolveu disponibilizar gratuitamente na internet todas as palestras realizados no evento. Assim, mesmo sem pagar os US$ 7500 pela credencial na conferência, qualquer pessoa poderia ter acesso às palestras.

De maneira colaborativa, o TED tem utilizado a seu favor as ferramentas da era digital, literalmente espalhando pelo mundo ideias em uma velocidade espantosa, fazendo valer o slogan “Ideias que merecem ser espalhadas”. Mais do que as falas online, o TED conseguiu criar do nada um exército de organizadores voluntários apaixonados que alavancam o alcance da marca.

Desde que o conceito de eventos independentes ligados ao TED -- chamados de TEDx --, foi criado em 2009, já foram realizados encontros em mais de 1500 cidades em pelo menos 140 países pelo mundo. O conceito que guia a equipe do TED é definido por eles mesmos como Radical Openness (ou abertura radical).

Esta visão originou além dos TEDx também o projeto de traduções. Mais de 10 000 voluntários já fizeram 37 000 traduções em 97 línguas. Como resultado, as palestras já foram vistas impressionantes mais de 1 bilhão vezes.

E este alcance deve ser ainda maior, visto que parcerias foram feitas para distribuir as palestras em lugares como Netflix, em programas de rádio pela África, em grandes plataformas sociais na China e, recentemente, pelo Huffington Post.

Estes números foram todos apresentados numa espécie de prestação de contas para os atendentes do TED, muitos deles participantes há muitos anos. Ao final, numa sessão de perguntas e respostas, alguém quis saber os planos do TED para os próximos anos.

Além da conferência que marcará os 30 anos de realização do evento se mudar para Vancouver, no Canadá, Anderson respondeu que a estratégia continua ser a de “calar a boca e ouvir o que vem do público” (uma grande família, no voz dele). Afinal, é de lá, assim como o grande número de palestrantes deste ano, que têm vindo as principais inovações. Uma lição e tanto para o mundo dos negócios na era digital.

*Rodrigo Vieira da Cunha é embaixador-sênior do TEDx na América Latina e sócio-fundador da Profile (rodrigo@profilepr.com.br)

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