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TAM espera passagens mais caras a partir do 3º tri

São Paulo - A TAM aposta em tarifas estáveis no atual trimestre, o mais fraco do ano, e uma recuperação "mais forte" no segundo semestre, com atividade mais intensa de passageiros de negócios, afirmou nesta segunda-feira o presidente da companhia aérea, Líbano Barroso. A empresa obteve ligeiro aumento de 2 por cento no yield --indicador […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

São Paulo - A TAM aposta em tarifas estáveis no atual trimestre, o mais fraco do ano, e uma recuperação "mais forte" no segundo semestre, com atividade mais intensa de passageiros de negócios, afirmou nesta segunda-feira o presidente da companhia aérea, Líbano Barroso.

A empresa obteve ligeiro aumento de 2 por cento no yield --indicador que representa o valor médio pago por um passageiro para voar um quilômetro-- no primeiro trimestre em relação aos últimos três meses de 2009, mas na comparação anual houve queda de 12 por cento, para 22,1 centavos de real.

"Os yields não recuperaram como esperávamos no primeiro trimestre (...) No ano passado, já tínhamos base de comparação forte enquanto vários competidores tinham posição estreante ou muito fraca", comentou Líbano.

"Estamos trabalhando para manter os yields no segundo trimestre em relação ao primeiro e nossa expectativa é de recuperação dos yields a partir de junho, com atividade mais intensa de negócios e recuperação mais forte a partir do terceiro e quarto trimestres deste ano", disse o executivo em teleconferência com analistas.

A TAM encerrou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de 58,1 milhões de reais, após lucro de 25,7 milhões um ano antes e perda de 334,1 milhões de reais nos três últimos meses de 2009. A rival mais próxima Gol divulgou no início deste mês tombo anual de 62 por cento no lucro trimestral, para 23,9 milhões de reais.


Apesar de um crescimento de 32 por cento na demanda doméstica de passageiros no primeiro trimestre , a TAM promoveu um aumento de oferta de assentos em sua malha de 5 por cento no período, no que Barroso afirmou se tratar de uma estratégia de disciplina para conter custos, que caíram 4,3 por cento na comparação anual.

Para o segundo semestre, a TAM vai ampliar sua oferta doméstica, que tem meta anual de crescer 14 por cento, enquanto a expectativa da empresa para a demanda nacional foi mantida em expansão de 14 a 18 por cento.

No atual trimestre, a empresa já recebe duas aeronaves Airbus A321, avião que tem custo 5 por cento maior que o A320 mas que leva 30 por cento mais passageiros, disse Barroso.

Colômbia

No segmento internacional, além de dois novos voos para Londres e Frankfurt a partir do Rio de Janeiro no segundo semestre, a TAM também pode iniciar uma operação para Bogotá, na Colômbia, como destino direto operado pela empresa.

"Observando a forte demanda de passageiros para a América do Sul, estamos analisando o mercado colombiano como um potencial novo destino a ser operado", disse o executivo.


Segundo Barroso, a entrada da TAM na aliança de companhias aéreas Star Alliance , ocorrida na semana passada, deve ajudar a fomentar as vendas diretas de passagens nos próximos meses e a empresa vai trabalhar para promover "inúmeras ações" comerciais, incluindo vendas de assentos fora dos horários de pico, que melhoram a rentabilidade da companhia.

"Isso tudo combinado, teremos uma reação de 'RASK' no segundo semestre do ano", disse o executivo, referindo-se ao indicador de receita líquida, que caiu 5,7 por cento no primeiro trimestre na comparação anual.

Barroso afirmou que a TAM espera divulgar nos próximos meses a nova malha da companhia aérea regional Pantanal, comprada no final de 2009, e que a empresa segue avaliando "todas as opções" de aeronaves com capacidades para entre 100 e 150 lugares. Ele não citou eventual fornecedor.

Às 13h04, as ações da TAM caíam 4,16 por cento, enquanto as da rival mais próxima Gol exibiam recuo de 0,62 por cento. O Ibovespa apresentava queda de 1,98 por cento.

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