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Taesa faz proposta por linhas de transmissão de energia da J&F

O interesse acontece em meio a forte apetite da Taesa por novos negócios que deve levar a companhia a avaliar a disputa pelas linhas da Eletrobras

Taesa: a movimentação da Taesa em busca de ativos vem em um momento de folga financeira da companhia (Dado Galdieri/Bloomberg)

Taesa: a movimentação da Taesa em busca de ativos vem em um momento de folga financeira da companhia (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 21h27.

São Paulo - A transmissora de eletricidade Taesa, controlada pela colombiana Isa e pela mineira Cemig, está de olho em ativos do setor colocados à venda pela Âmbar, braço de energia da J&F, dona da empresa de alimentos JBS, disse à Reuters nesta segunda-feira o presidente da elétrica, Raul Lycurgo Leite.

O interesse acontece em meio a um forte apetite da Taesa por novos negócios que deve levar a companhia a avaliar também a disputa pela compra de fatias em linhas de transmissão da eletricidade da Eletrobras e a participação em leilões de novos empreendimentos no setor.

"Estamos participando dessa venda...a gente inclusive já fez nossa oferta não vinculante em relação a esses ativos (da Âmbar), mas a gente não sabe com qual velocidade isso vai efetivamente se descortinar", afirmou Leite.

Ele disse que o interesse é pelos quatro ativos da Âmbar no segmento de transmissão.

A elétrica da J&F chegou a fechar no ano passado um acordo de exclusividade com a canadense Brookfield que poderia envolver 1 bilhão de reais pelos empreendimentos, mas o negócio entre as empresas não foi adiante.

Em relação aos ativos da Eletrobras, que a estatal disse na última semana que pretende oferecer em um leilão previsto para 7 de junho, a Taesa pretende se valer de sua posição de sócia da estatal em cinco dos empreendimentos de transmissão que serão vendidos, o que garante um direito de preferência.

"Desde que houve o primeiro anúncio sobre os desinvestimentos da Eletrobras a gente já se manifestou e disse que iria efetivamente analisar e participar", disse o executivo.

A movimentação da Taesa em busca de ativos vem em um momento de folga financeira da companhia, que fechou o ano passado com uma posição de caixa "robusta" e um nível de alavancagem considerado "confortável", segundo o diretor financeiro da companhia, Marcus Aucélio.

"Isso mostra que a gente tem uma excelente posição no mercado para nosso crescimento, tanto em aquisições quanto em leilões", afirmou ele.

Os ativos de transmissão de energia da Âmbar somam cerca de 1,2 mil quilômetros em linhas e mais subestações nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Piauí, Distrito Federal e Goiás, segundo informações do site da companhia.

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