Ury Rappaport e Doug Storf, cofundadores da Swap: empresa entra em nova fase estratégica, focada na expansão de parcerias com grandes empresas de diferentes setores. (Swap/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 25 de outubro de 2024 às 15h30.
Depois de um 2023 especial, marcado pela conquista de seu breakeven (equilíbrio no negócio em que as receitas totais se igualam aos custos), a Swap – fintech de banking as a service (BaaS) para o segmento B2B –, agora mira uma nova fase estratégica para o mercado, focada na expansão de parcerias com grandes empresas de diferentes setores.
A movimentação acontece em um momento importante para o mercado de BaaS, motivado pelo aumento do interesse de grandes corporações em soluções de finanças – e pela própria regulação do setor pelo Banco Central.
Neste contexto, a Swap lança uma nova marca com o objetivo de reforçar seu posicionamento como líder do mercado BaaS. O rebranding também tem como objetivo atrelar a imagem da empresa aos seus próximos passos, mostrando quanto o crescimento acelerado da companhia a levou a um novo patamar nos negócios e expandiu durante o período, com o portfólio atendendo empresas de diversos setores, incluindo ERP, gastos com viagens e agronegócio, e necessidades, que vão da oferta de cartões multibenefícios à gestão de despesas corporativas.
Cofundador e CRO da Swap, Ury Rappaport destaca a trajetória até aqui. “Como toda startup, passamos os primeiros anos focados no desenvolvimento de produtos e em criar parcerias importantes. Fomos a primeira empresa brasileira de BaaS, por exemplo, a lançar cartões bandeirados para a distribuição de benefícios flexíveis, aceitos em qualquer estabelecimento como o vale-alimentação e refeição”, diz ele. “Agora evoluímos para oferecer uma ampla gama de soluções de Embedded Finance.”
Foi ao lado do sócio Douglas Storf, com quem trabalhou na 99 desenvolvendo produtos financeiros para os motoristas parceiros do aplicativo de transportes, que Rappaport fundou a Swap, em 2018. Desde então, a fintech passou a oferecer uma variedade de soluções que incluem emissão e processamento de cartões bandeira Mastercard, com ampla aceitação, segurança e programa de pontos, como o Mastercard Supreenda, contas digitais, Pix, transferências bancárias, boletos e sistemas antifraude, todas personalizáveis para cada tipo de mercado e disponíveis no modelo white label.
Mais que uma nova roupagem, o rebranding reforça quanto o combo tecnologia e expertise é fundamental para criar parcerias que vão além de apenas oferecer produtos e serviços. O projeto foi cuidadosamente conduzido ao longo de mais de um ano, envolvendo um processo profundo de escuta ativa de mercado, clientes e investidores.
A empresa também realizou uma revisão completa de seu propósito e valores organizacionais, que serviram de base para os três pilares da nova marca: Parceria, Especialização e Transformação. “O processo vai além de uma simples mudança visual ou de identidade. Ele reflete uma evolução estratégica, alinhando a essência da Swap às expectativas de um mercado em constante transformação”, diz Rappaport.
Com a nova marca, a empresa reforça o seu posicionamento como o principal provedor de BaaS para negócios B2B, destacando-se como o único ecossistema capaz de combinar tecnologia financeira de ponta, excelência no atendimento e um profundo conhecimento dos mercados de seus parceiros. Esse diferencial permite à Swap gerar transformações de alto valor e impacto para seus parceiros, consolidando o seu protagonismo no setor.
Desde a sua criação, a fintech recebeu duas rodadas de investimento – uma de R$ 17 milhões, em 2020; e outra de R$ 135 milhões, em 2021 – e montou um time hoje composto por mais de 160 colaboradores.
Os aportes ajudaram a companhia a manter um crescimento acelerado. Entre 2021 e 2024, a receita líquida da Swap aumentou 25 vezes e o volume total de pagamentos transacionados pela plataforma disparou 15 vezes. No ano do breakeven, a empresa viu sua carteira de clientes aumentar em 60%, o que contribuiu para a marca de mais de 7 milhões de cartões emitidos.
À EXAME, a Swap destaca como a evolução da empresa está atrelada ao seu forte posicionamento no mercado. De acordo com Doug Storf, os últimos anos foram marcados por uma rápida transformação do mercado financeiro brasileiro. “A própria agenda estratégica do Banco Central buscava promover mais competição no mercado e muitas empresas surgiram a fim de surfar essa onda”, explica.
No caso da Swap, a companhia conseguiu acompanhar essa transformação do cenário nacional, passando ainda por momentos desafiadores como o famoso ‘inverno das startups’, período no qual os aportes diminuíram drasticamente nos negócios.
“Começamos com cartões, mas hoje não somos uma empresa de um produto só. Estamos em um espectro que abrange muito mais produtos, incluindo gestão de risco e integrações bancárias completas, tudo sempre personalizado. Estamos totalmente capacitados para atender empresas grandes e que têm demandas muito altas. A Swap está em um patamar diferente de complexidade agora”, afirma Rappaport.
Dentro de um mercado extremamente dinâmico, a empresa continua crescendo. Para Rappaport, isso se deve ao diferencial da Swap, que oferece um relacionamento profundo e central com os seus parceiros.
“É uma parceria estratégica na qual criamos soluções sob medida para os clientes. Sempre encontramos soluções criativas para todos os nossos desafios. Não à toa, continuamos crescendo algumas vezes por ano, entregando muito e gerando caixa”, analisa o executivo.