Negócios

Suzano vê vendas de papel muito fracas no início do ano

As vendas para o mercado interno representaram 70,6% do total e recuaram 1,4% o no quarto trimestre ante o mesmo período do ano anterior


	O câmbio mais favorável para exportações tem tornado o produto mais rentável, mas ainda é inferior à do mercado doméstico por conta dos custos logísticos para exportação
 (Germano Lüders/EXAME)

O câmbio mais favorável para exportações tem tornado o produto mais rentável, mas ainda é inferior à do mercado doméstico por conta dos custos logísticos para exportação (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2015 às 16h26.

São Paulo - A Suzano Papel e Celulose disse ter registrado volumes de vendas de papel muito fracos e abaixo de sua expectativa em janeiro e fevereiro, afetada pelo ceticismo do mercado sobre a economia doméstica, o que deve gerar um excedente do produto a ser exportado pela empresa.

"O ceticismo afetou de forma bastante igual nossos vários tipos de papel bem como nossos canais", disse nesta quinta-feira o diretor executivo da unidade de negócios de papel e celulose da Suzano, Carlos Aníbal de Almeida, em teleconferência com analistas.

"Estamos aproveitando esse câmbio e direcionando parte do volume que vendemos no mercado doméstico para exportação", acrescentou.

Em 2014, as vendas de papel da companhia para o mercado interno representaram 70,6% do total e recuaram 1,4 por cento no quarto trimestre ante o mesmo período do ano anterior.

Segundo Almeida, com o câmbio mais favorável para exportações, a rentabilidade do produto tem aumentado, mas ainda é inferior à do mercado doméstico por conta dos custos logísticos para exportação. O dólar era negociado em alta de 1,2 por cento nesta quinta-feira, a 3,017 reais.

O volume excedente de papel será exportado, mas não já no primeiro trimestre, pois a velocidade de reação da companhia para realizar exportações é menor, completou o presidente-executivo da Suzano, Walter Schalka.

A empresa, segunda maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, anunciou na véspera investimento adicional de 30 milhões de reais para passar a produzir celulose tipo fluff. O insumo usado em absorventes e fraldas será fabricado a partir da celulose de fibra curta em vez da tradicional fibra longa.

Schalka disse que a companhia já alinhou com vários clientes o fornecimento do novo produto. "O que acontecerá em relação a preço ainda não discutimos, mas naturalmente haverá um desconto sobre a fabricada com fibra longa", disse.

A intenção da empresa é atingir produção de 100 mil toneladas ao ano, sendo que o mercado atual no Brasil é de 400 mil toneladas.

"Podemos buscar alternativas de aumento da produção no futuro, mas vamos esperar trazer um grau de sucesso para a alocação dessas 100 mil toneladas", acrescentou Schalka.

A operação será iniciada na unidade da companhia na cidade de Suzano (SP) em dezembro deste ano e acarretará a diminuição da produção de papel para imprimir e escrever mais ou menos na mesma proporção do volume produzido de fluff, pois ocorrerá a partir de uma das máquinas já existentes cuja produção será flexibilizada.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasMadeiraPapel e CelulosesuzanoVendas

Mais de Negócios

COP29: Lojas Renner S.A. apresenta caminhos para uma moda mais sustentável em conferência da ONU

Ele quase devolveu o dinheiro aos investidores, mas conseguiu criar um negócio que vale US$ 100 mi

Com chocolate artesanal amazônico, empreendedora cria rede de empoderamento feminino

Na maior Black Friday da Casas Bahia, R$ 1 bilhão em crédito para o cliente