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Suzano planeja investir 9,7 bilhões de reais até 2013

Em 2011, empresa foca em unidades no Maranhão e no Piauí, mas atrasa cronograma

Suzano: grande parte do volume da unidade no Maranhão será dos clientes atuais da Suzano (Germano Lüders/EXAME.com)

Suzano: grande parte do volume da unidade no Maranhão será dos clientes atuais da Suzano (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2011 às 13h06.

São Paulo – A Suzano pretende investir 9,7 bilhões de reais até 2013. O montante está dentro do plano de investimentos de 11 bilhões de reais até 2024. Dos 9,7 bilhões de reais, 3,5 bilhões de reais serão investidos em 2011. Mas é o próximo ano que concentra o maior investimento, 4,0 bilhões de reais. E, nesses dois anos, grande parte do valor irá para a construção da Unidade no Maranhão.

Entre os principais fatores para a mudança no cronograma estão os custos, que estão maiores do que previsto inicialmente. “Os principais fatores foram os custos e a demanda”, disse Antonio Maciel, CEO e diretor de relações com investidores em teleconferência realizada hoje (8/6) com analistas.

A previsão inicial de entrega da unidade no Maranhão era o quatro trimestre de 2013. Em fevereiro, a Suzano afirmou que queria adiantar o projeto, mas ao analisar custos, movimentos da concorrência – que vai inaugurar uma unidade no começo de 2013 – e a situação econômica, resolveram manter o prazo inicial. A empresa promete a unidade para novembro de 2013.

A unidade do Piauí, por sua vez, estava prevista, inicialmente, para o quarto trimestre de 2014. Ela foi atrasada para o primeiro semestre de 2016 – a compra dos equipamentos industriais será realizada no primeiro semestre de 2014. A Suzano pretende investir 172 milhões de reais nessa unidade. A empresa já investiu 353 milhões de reais nessa planta.

Até março de 2011, a Suzano havia investido 396 milhões de reais na unidade no Maranhão. A previsão para o restante desse ano é de 1,154 bilhão de reais. Essa unidade deve gerar 1,5 milhão de toneladas/ ano de celulose no mercado. A planta teve seu prazo de entrega modificado, assim como a unidade no Piauí.

Grande parte do volume da unidade no Maranhão será dos clientes atuais da Suzano. “Há alguns adicionais, outros que nos procuram com projetos, mas vamos dar prioridade aos nossos clientes, muitos estão em expansão”, disse Maciel.

Para obter recursos, a empresa não pretende vender partes de projetos. “Está no cardápio, mas não é a preferência”, disse Maciel. Mas, para não atrasar a Unidade do Maranhão uma parceria estratégica poderia ser acionada – antes ainda de equity. “Estamos entrando numa fase em que atrasar sairia muito caro”, disse Maciel.

Mesmo com investimentos volumosos, a Suzano pretende manter a alavancagem em até 3,5 vezes a dívida líquida em relação ao ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Para alcançar isso, a empresa conta com emissão de debêntures conversíveis em ações, alienação de Capim Branco, alienação de terras não utilizadas e parceiros estratégicos (investidores da Suzano Energia Renovável).
 

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