SulAmérica: a empresa terá 49% do capital da Healthways Brasil e a Healthways International, 51% (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2015 às 12h27.
São Paulo - A SulAmérica vai investir R$ 250 milhões na joint venture com a americana Healthways, especializada em programas de saúde, nos próximos cinco anos, de acordo com o vice-presidente de Relações com Investidores da seguradora, Arthur Farme D'Amoed Neto.
Tal montante se dará, conforme o executivo, por meio da transferência dos 30 mil contratos de gestão de saúde da companhia, ou seja, os gastos que teria com o programa no período, e a expansão dessa base.
A parceria, anunciada nesta quinta-feira, 12, e que vem sendo negociada desde o ano passado, visa explorar programas de saúde e bem-estar no Brasil, trazendo novas soluções e contribuindo para melhorar os índices de sinistralidade da saúde privada.
A SulAmérica terá 49% do capital da Healthways Brasil e a Healthways International, 51%.
Para isso, a seguradora fez um aporte, cujos valores não foram revelados. O montante já foi pago em parcela única, conforme D'Amoed Neto, e a fonte de recursos foi o próprio caixa da seguradora.
Segundo ele, o aporte não representa todo o valor da joint venture para a SulAmérica, mas, principalmente, a mudança de comportamento junto aos segurados.
"Queremos ampliar a base dos 30 mil beneficiários que já utilizam nosso programa de gestão, o Saúde Ativa. Quanto maior a penetração melhor o resultado para a companhia", explicou o vice-presidente da SulAmérica, dizendo que em sua maioria são doentes crônicos como diabéticos, hipertensos e também idosos.
Os 30 mil contratos da seguradora serão migrados para a joint venture com a Healthways até o final do ano, segundo o presidente da empresa americana no Brasil, Nicolas Toth Jr.
Essa transferência, diz D'Amoed Neto, corresponde a gastos da ordem de R$ 20 milhões com o programa de gestão de saúde neste ano.
A joint venture da SulAmérica com a Healthways no Brasil pode prestar serviço para todo o mercado uma vez que a parceria de dez anos não inclui cláusula de exclusividade, segundo o presidente da seguradora, Gabriel Portela.
Não interessa para a companhia esse modelo (de exclusividade), de acordo com ele, pois a transferência do programa de gestão e o suporte da empresa americana por meio do seu banco de dados já trarão benefícios.
Além disso, o acordo está em linha com o investimento que a seguradora vem fazendo, conforme Portela, em gestão de saúde desde 2002, quando criou um programa com este foco.
Conforme o acordo, a SulAmérica poderá eleger dois dentre os cinco membros que compõem o conselho de administração da Healthways Brasil. Sem mencionar o quanto o grupo já investiu no Brasil, Peter Choueiri, presidente da Healthways International, diz que o objetivo da joint venture é unir o melhor das duas empresas.
A SulAmérica detinha parceria com a americana desde abril de 2013. No ano passado, ampliou o escopo de seu contrato com a Healthways e iniciou a implementação de um projeto de assessoria em saúde na America Latina que hoje conta com dez mil usuários e está à disposição dos 2,6 milhões de beneficiários da seguradora.
É a terceira maior operadora de saúde do País, com 2 milhões de segurados, R$ 16,9 bilhões de receitas e lucro de quase R$ 550 milhões em 2014.
A Healthways, fornecedora independente de soluções em saúde e bem-estar, atende 68 milhões de pessoas em quatro continentes.