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Suécia faz ofensiva contra compra da AstraZeneca por Pfizer

Ministros disseram que os acionistas da AstraZeneca deveriam "seriamente considerar rejeitar" o plano da Pfizer


	Astrazeneca: Pfizer fez uma promessa de cinco anos de ter 20% de sua equipe de pesquisa na Grã-Bretanha
 (Andrew Yates/AFP)

Astrazeneca: Pfizer fez uma promessa de cinco anos de ter 20% de sua equipe de pesquisa na Grã-Bretanha (Andrew Yates/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 10h12.

Estocolmo - Ministros suecos lançaram nesta sexta-feira uma ofensiva contra a proposta da norte-americana Pfizer para adquirir a AstraZeneca, que tem metade de suas raízes e mais de 5.000 funcionários na Suécia, destacando os riscos para os empregos e para a ciência.

O ministro das Finanças, Anders Borg, a ministra das Empresas, Annie Loof, e o ministro da Educação, Jan Bjorklund, disseram que os acionistas da AstraZeneca deveriam "seriamente considerar rejeitar" o plano da Pfizer, a menos que houvesse clareza sobre o seu impacto.

A AstraZeneca, que foi formada a partir de uma fusão anglo-sueca há 15 anos, rejeitou a oferta atual da Pfizer, mas o grupo dos Estados Unidos deve apresentar uma proposta melhorada. O presidente-executivo da AstraZeneca não descartou a possibilidade de discussões, mas pelo preço certo.

A Pfizer fez uma promessa de cinco anos de ter 20 por cento de sua equipe de pesquisa na Grã-Bretanha, onde a AstraZeneca é baseada, mas não expôs o que isso significa em números absolutos.

Ao mesmo tempo, a empresa norte-americana disse que o orçamento global de pesquisa do grupo resultante da fusão seria menor do que a soma dos orçamentos individuais das duas companhias para esse fim. Os números sugerem que a Suécia tem razão para se preocupar.

A Pfizer tem atualmente cerca de 11.000 funcionários que trabalham em pesquisa em todo o mundo, enquanto a AstraZeneca tem 9.000. As duas empresas juntas empregam 3.450 pessoas na Grã-Bretanha, sendo 2.600 na AstraZeneca e 850 na Pfizer, representando 17,25 por cento do total combinado.

Mas a AstraZeneca planeja cortar 400 postos em pesquisa até 2016 à medida que se muda para um novo endereço, em Cambridge, o que sugere que os centros de pesquisa na Suécia e nos Estados Unidos terão de assumir uma parte maior de cortes de empregos futuros se a Pfizer buscar atingir sua meta de 20 por cento.

Na Suécia, a AstraZeneca emprega 5.900 pessoas, das quais 2.200 trabalham em pesquisa e desenvolvimento, representando 25 por cento da equipe total da empresa em P&D.

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