Sede da GlaxoSmithKline: empresa vem dizendo que alguns de seus executivos chineses parecem ter infringido a lei, e que tinha tolerância zero para subornos (Divulgação/GlaxoSmithKline)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 09h07.
Xangai - Uma investigação da polícia chinesa sobre a farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK) descobriu que o suposto suborno de médicos na China foi coordenado pela empresa britânica e não pelo trabalho individual de funcionários, noticiou a mídia estatal chinesa nesta terça-feira.
Em julho, a polícia havia detido quatro executivos chineses do alto escalão da GSK sob a acusação de que a empresa teria destinado 3 bilhões de iuanes (490,23 milhões de dólares) para agências de viagem, com o intuito de facilitar subornos a médicos e representantes para impulsionar a venda de seus remédios.
"Está se tornando claro que isso foi organizado pela GSK China e não (...) pelo comportamento individual da equipe de vendas", disse a agência de notícias oficial da China, Xinhua.
Representantes da GSK não foram encontrados para comentários.
A empresa vem dizendo que alguns de seus executivos chineses parecem ter infringido a lei, e que tinha tolerância zero para subornos.
A Xinhua citou Huang Hon, gerente geral dos negócios da GSK na China e um dos executivos detidos, para dizer que a empresa havia definido as metas de crescimento anual de vendas em 25 por cento. A taxa está entre 7 e 8 pontos percentuais acima da média de crescimento da indústria, afirmou Huang.
A GSK implementou políticas salariais baseada no volume de vendas e essas metas não poderiam ser atingidas sem "comportamento corporativo duvidoso", disse Huang.