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Streaming gratuito já atrai anunciantes no Brasil

Enquanto as gigantes americanas se preparam para o modelo de negócio, no Brasil esses serviços vão ganhando mais espaço

Netflix logo is displayed on a tv screen inside electronics store in Krakow, Poland on  August 26, 2021 (Photo by Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images) (Beata Zawrzel/NurPhoto/Getty Images)

Netflix logo is displayed on a tv screen inside electronics store in Krakow, Poland on August 26, 2021 (Photo by Beata Zawrzel/NurPhoto via Getty Images) (Beata Zawrzel/NurPhoto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de julho de 2022 às 09h43.

Última atualização em 18 de julho de 2022 às 10h59.

Muito antes da chegada das versões de assinatura com veiculação de anúncios de Netflix e Disney+, a publicidade dentro do streaming já se transformou em uma realidade em algumas plataformas de exibição de conteúdo online. Enquanto as gigantes americanas se preparam para o modelo de negócio, no Brasil serviços gratuitos de vídeo on demand e aparelhos de TV conectada vão ganhando mais espaço nos investimentos publicitários das marcas.

Por aqui, nomes como Pluto TV, VIX TV e +Favela TV e os sistemas de TV conectada como da Samsung Ads e LG Channel atraem usuários com conteúdos gratuitos e publicidade nos intervalos da programação. Para especialistas, o espectador brasileiro é receptível ao modelo, o que deve impulsionar os negócios de streamings e anunciantes.

Dados da empresa de venda de anúncios Magnite mostram que 75% dos brasileiros utilizam algum serviço de streaming, seja de assinatura paga ou versões gratuitas. O levantamento ainda aponta que 79% destes usuários aceitariam mudar de modelo para utilizar um serviço com presença de anunciantes.

O líder da Magnite na América Latina, Rafael Pallarés, explica que, de modo geral, as marcas têm utilizado os espaços de streaming gratuitos e TVs conectadas como uma extensão da televisão tradicional, expandindo o alcance da sua mensagem - porém, com um investimento bem menor do que o exigido pela TV linear. "A penetração desses serviços já é muito grande no Brasil, e deve crescer ainda mais", afirma Pallarés.

Na avaliação do diretor executivo de mídia da ID/TBWA, Thiago Fernandes, os brasileiros entendem a publicidade como parte da televisão, algo que estaria incorporado à cultura nacional, o que torna o modelo atraente para as marcas. "O nosso papel é transformar o anúncio em um momento de diversão para o público", diz.

Em um cenário em que conhecer os clientes é fundamental para a estratégia das empresas, um dos diferenciais das plataformas que aderiram aos anúncios é sua base de dados de usuários, algo que vem atraindo marcas e agências na hora de segmentar as ações. A agência VMLY&R, por exemplo, já usou o espaço de canais de filme da Pluto TV para divulgar o filme Jurassic World Domínio. A peça de 30 segundos da Universal Film, foi veiculada nos intervalos do canal, direcionada para o público que mais acessa conteúdos de ação e aventura.

POTENCIAL

Para Marx Rodrigues, presidente do +Favela TV (streaming focado em conteúdos para comunidades de periferia no País), o papel das plataformas gratuitas ainda passa por educar os anunciantes sobre o potencial do mercado e mostrar como investir nesses espaços pode ser atrativo para as marcas. "Ainda é glamuroso anunciar na Rede Globo, mas esse espaço é muito mais caro do que no streaming", avalia.

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