Além do dono da JBS, Ricardo Saud, Florisvaldo Oliveira e Demilton Castro, ligados à holding J&F, também devem ser soltos (Adriano Machado/Reuters/Reuters)
Karin Salomão
Publicado em 12 de novembro de 2018 às 16h00.
Última atualização em 12 de novembro de 2018 às 16h43.
São Paulo - O ministro Nefi Cordeiro, do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) mandou soltar Joesley Batista, que havia sido preso na semana passada pela Polícia Federal, durante a Operação Capitu.
Além do dono da JBS, Ricardo Saud, Florisvaldo Oliveira e Demilton Castro, ligados à holding J&F, também devem ser soltos, de acordo com o blog do jornalista Fausto Macedo, do Estadão. Segundo a Folha de S.Paulo, o vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade, também deve receber o habeas corpus.
O STJ divulgou um comunicado hoje, em que diz que é é ilegal prisão por descumprimento de delação premiada. Ele concedeu liminar em habeas corpus para revogar as prisões temporárias de dois investigados na Operação Capitu, da Polícia Federal. De acordo com comunicado, "a colaboração do acusado não pode ser judicialmente exigida e é sempre voluntária".
Joesley havia sido detido na sexta-feira, 9, em um desdobramento da operação Lava Jato que investiga uma suposta organização criminosa que atuava na Câmara dos Deputados e no Ministério da Agricultura com pagamento de propina a agentes públicos e políticos.
Ele já havia sido detido em setembro do ano passado no âmbito da Lava Jato acusado de omitir informações de acordo de delação premiada fechado com a Procuradoria-Geral da República.
Na ocasião, o advogado do empresário, Pierpaolo Bottini, disse que estava surpreso com a prisão. Segundo ele, Joesley acaba de prestar um novo depoimento para a Polícia Federal. Segundo o advogado, os fatos nos quais o empresário está envolvido foram apresentados por ele mesmo. “Não há razão para essa prisão. Pediremos a reconsideração da prisão ainda hoje”, enfatizou.
No sábado, a defesa do empresário Joesley Batista formalizou pedido de revogação da prisão decretada contra ele pelo Tribunal Regional Federal (TRF1) da 1º Região em Belo Horizonte.