Eduardo (à dir.) ao lado do irmão Cristóbal della Maggiora, da Betterfly: 50 das mais de 200 empresas que oferecem a plataforma como um benefício aos seus colaboradores são brasileiras (Betterfly/Divulgação)
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Publicado em 10 de junho de 2022 às 09h00.
Última atualização em 10 de junho de 2022 às 09h07.
O mundo do trabalho é completamente diferente neste pós-pandemia. Antes incipiente, a questões de bem-estar e saúde mental ganharam espaço no ambiente corporativo ─ dos profissionais de RH aos C-Levels, que hoje se veem na obrigação de contribuir não só com o desenvolvimento profissional mas também com o desenvolvimento pessoal dos colaboradores.
Segundo a consultoria americana Willis Towers Watson (WTW), o interesse das empresas em ter um papel mais ativo em prol do bem-estar de suas equipes cresceu 33% entre 2015 e 2021.
Para ajudar nesse processo, que pode ser um pouco mais trabalhoso a depender da cultura da companhia, o mercado tem visto surgir startups como a Betterfly, de origem chilena, que nasceu justamente com o propósito de impactar positivamente o bem-estar das pessoas ─ sejam elas seus clientes ou não.
Como um marketplace de serviços de bem-estar, a Betterfly oferece seguros de vida para os colaboradores de empresas de um jeito diferente: através de um app, o segurado é incentivado a cuidar de si por meio de hábitos saudáveis, como atividades físicas, ou até mesmo meditando, por exemplo. A cada nova atividade, ele ganha BetterCoins, que podem ser trocados pelo plantio de árvores, por doações de água ou de comida para populações em situação de vulnerabilidade. Além disso, a cada novo hábito saudável adquirido, maior é a cobertura do seguro para os beneficiários.
“O que estamos fazendo é transformar uma apólice, que a pessoa pagava mas não usufruía em vida, em um serviço que ajuda o cliente a ter uma vida melhor, e pode ser usado todos os dias para inspirar a ter uma vida mais saudável e ainda ajudar outras pessoas, o que contribui para a felicidade e o bem-estar”, explica Eduardo della Maggiora, CEO e fundador da Betterfly.
A empresa chama esse ciclo virtuoso de “Efeito Betterfly”: ao cuidarem de si, os segurados também colaboram com as causas que acreditam, se sentindo mais felizes e conectados com um propósito. Assim, as ONGs parceiras da Betterfly amplificam o impacto de seu trabalho e as empresas podem contar com colaboradores mais produtivos e em paz com a vida profissional. É um ganha-ganha!
Com esse modelo de negócios que combina crescimento com impacto social, neste ano a Betterfly se tornou o primeiro unicórnio social da América Latina, após levantar US$125 milhões em uma rodada de Série C.
Até dezembro, a startup pretende ter cerca de 2 milhões de brasileiros em sua carteira de clientes, além de iniciar a operação em sete novos mercados: México, Colômbia, Argentina, Peru, Equador, Panamá e Costa Rica. Estados Unidos, Portugal e Espanha também estão no horizonte, mas apenas para 2023.
Atualmente, 50 das mais de 200 empresas que oferecem a Betterfly como um benefício a seus colaboradores são brasileiras. Entre elas está o Banco Santander, que já oferecia a Betterfly a seus colaboradores chilenos, e mais recentemente, passou a oferecer também aos brasileiros.
Sócio-fundador de um grande escritório de advocacia de Santiago, cidade-natal da Betterfly, Albagli Zaliasnik se diz orgulhoso de oferecer os benefícios da Betterfly a seus colaboradores.
“Estamos orgulhosos de contribuir para a causa da Betterfly junto com toda a nossa equipe. A premissa é que podemos causar um impacto positivo, ao mesmo tempo que aumentamos a conscientização sobre essas questões”, conta o executivo.