Adalberto Generoso, e Laura Coló, cofundadores da Yapoli (Yapoli/Divulgação)
Em tempos de digitalização, em que empresas passam a negociar ativos imateriais — como dados —, a organização virou palavra de ordem para manter a regularidade do apanhado de informações transitando online. Nesse cenário, a probabilidade de tudo isso sair do controle é imensa.
De olho nisso, a Yapoli se propõe a ajudar essas companhias que manuseiam dados para lá e para cá. Fundada em 2018, a startup desenvolveu uma plataforma na nuvem que cria uma camada de segurança no compartilhamento de informações e outros ativos digitais como fotos, vídeos e documentos, dentro e fora das companhias.
A ideia é proteger todo tipo de material que possa servir de insumo criativo para empresas de diferentes segmentos, como projetos de pesquisa e designs industriais e comerciais de novos produtos, principalmente aqueles de caráter confidencial. Na carteira de clientes da Yapoli estão 10 grandes empresas como Havaianas, C&A, Portobello, Whirlpool e o clube Flamengo.
No caso do time de futebol, um benefício do uso da solução da Yapoli está na confidencialidade no compartilhamento de contratos de jogadores, por exemplo. “Nosso propósito é mostrar que a falta de organização e atenção aos detalhes pode ser um grande problema jurídico para empresas, que pode ser evitado e solucionado com tecnologia”, diz Adalberto Generoso, CEO e cofundador da Yapoli.
Além da troca de informações entre terceiros e parceiros, a Yapoli também permite que empresas estabeleçam seus padrões de segurança para funcionários internos, definindo, por exemplo, que tipo de dados podem ser acessados e compartilhados por cada time.
Pelas contas da Yapoli e para medir os bons resultados da tecnologia, o consumo de materiais digitais em uma grande empresas varejista cliente é de 102.000 compartilhamentos para terceiros, 677.000 downloads e 941.000 buscas anuais. Segundo a Yapoli, essa empresa tem uma economia média de R$ 3,4 milhões por ano com a utilização do recurso.
Em outra frente, a atualização constante das versões de materiais e vigência de documentos em acordo à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) pode gerar uma economia de até R$ 1,5 milhão para empresas em geral, afirma a startup.
A Yapoli já está na mira de investidores. Em junho, a startup captou R$ 1,3 milhão em rodada pré-seed liderada pela Bossanova Investimento e Darwins Startups, com participação de sócios da agência Ampfy e Mene & Portella Publicidade, Assespro Investe, Join Valle e Via.
Com a rodada, a startup pretende amadurecer algumas ferramentas na plataforma, trazendo recursos mais refinados de buscas que possam permitir que um ativo digital seja encontrado, seja ele um vídeo, foto ou contrato, com mais facilidade. “Queremos ser mais cirúrgicos nas buscas. É uma corrida que não tem fim”, diz.
Até o final do ano, o objetivo é triplicar a base de clientes. Já o faturamento deve ficar na casa dos R$ 5 milhões nos próximos dois anos. “A meta é aumentar a base e continuar provando nossa tese, antes de chegarmos de fato na fase de escala, e estamos perto disso”.
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