Negócios

Startup vende passagens aéreas e paga até 600 reais por atraso dos voos

Colibra só cobra dos clientes depois que o trajeto é realizado sem nenhuma ocorrência

Indenizações: aplicativo promete resolver pagamento sem dores de cabeça para os clientes (Colibra/Divulgação)

Indenizações: aplicativo promete resolver pagamento sem dores de cabeça para os clientes (Colibra/Divulgação)

GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 8 de junho de 2021 às 14h37.

Última atualização em 8 de junho de 2021 às 15h12.

Já imaginou pagar pela passagem aérea apenas se o voo não atrasar? Essa é a proposta da búlgara Colibra, que desenvolveu um aplicativo para vender viagens. Só que existe uma diferença: caso haja atrasos acima de 1 hora (independentemente do motivo), a startup paga até 100 euros, ou seja, cerca de 600 reais na cotação atual, aos compradores em menos de 24 horas.

De acordo com a diretriz EU 261/2004, todas as companhias são obrigadas a pagar multa de 600 euros, equivalente a mais de 3.600 reais, para atrasos acima de 3 horas em voos na União Europeia. Mas existem algumas condições, como culpa comprovada da empresa — o que isenta casos de greve ou chuva, por exemplo — que reduz a chance de indenização em 1 para 600.

Que tal viajar mais no mundo pós-pandemia? Conheça o curso de liberdade financeira da EXAME Academy

Esse serviço funciona da seguinte maneira: mais do que simplesmente pagar pelos atrasos, a Colibra garante que todos os passageiros afetados tenham direito à indenização sem ter de apelar às próprias companhias aéreas ou à Justiça. Isso é possível porque todo o valor arrecadado é distribuído entre os clientes, o que, por outro lado, diminui consideravelmente a quantia paga.

Para quem também deseja ter ideias mais inovadoras, a EXAME oferece o curso Inovação na Prática, ministrado por Pedro Waengertner e Luis Gustavo Lima, fundadores da ACE Startups, especializada em investimento de novas empresas e desenvolvimento de negócios.

Segundo a startup, é possível escolher o tempo de atraso pelo qual será reembolsado e até mesmo a indenização a ser recebida — exatamente como um seguro, no qual dá para variar entre as opções de apólice e de prêmio —, o que aumenta as chances em até 30 vezes quando comparado às vias comuns. Além disso, não é necessário pagar nenhum adiantamento pelo serviço.

E como a Colibra consegue se manter? Cobrando uma comissão em cima do montante acumulado de indenizações que será repartido entre os clientes afetados. Sendo assim, ao comprar pelo aplicativo, é necessário concordar com a cláusula que torna a empresa búlgara a representante legal em casos de reclamação junto às companhias aéreas para fazer valer a EU 261/2004.

Do ponto de vista da startup, o segredo do sucesso é operar mercados com baixos índices de atrasos e faturar também com a venda de passagens aéreas, como já faria uma agência tradicional. Para atrair a clientela, a cobrança só é realizada caso não haja nenhum atraso ou ocorrência no trajeto — e, para receber possíveis indenizações, basta incluir os dados do voo no aplicativo.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso.

Acompanhe tudo sobre:AviaçãoAviõespassagens-aereasStartupsTransporte de passageiros

Mais de Negócios

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'

Martha Stewart diz que aprendeu a negociar contratos com Snoop Dogg

COP29: Lojas Renner S.A. apresenta caminhos para uma moda mais sustentável em conferência da ONU