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Startup 'mão na roda' para motoristas, Gringo capta R$ 70 milhões em extensão de rodada série C

O investimento foi liderado pela gestora americana Moore Capital

Rodrigo Colmonero, Caique Carvalho e Juliano Dutra: nós vamos fazer mais de R$ 2 bilhões em transações neste ano (Gringo/Divulgação)

Rodrigo Colmonero, Caique Carvalho e Juliano Dutra: nós vamos fazer mais de R$ 2 bilhões em transações neste ano (Gringo/Divulgação)

Marcos Bonfim
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 30 de agosto de 2024 às 13h31.

Última atualização em 30 de agosto de 2024 às 17h21.

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O presente de aniversário de cinco anos de vida da Gringo chegou em forma de um cheque de R$ 70 milhões. A startup paulistana oferece um serviço de acompanhamento de documentação, débitos e multas aos motoristas e ainda serviços de crédito e seguros automotivos.

Por pushs no app, e-mails e outros canais, o motorista é avisado quando cometeu alguma infração. Ou quando os famosos boletos estão batendo à porta. Hoje, são mais de 20 milhões de usuários da plataforma, distribuídos por 11 estados que concentram cerca de 80% de todos os mais de 84 milhões de motoristas do país, de acordo com o Registro Nacional de Condutores Habilitados, do Ministério dos Transportes.

Como os recursos serão usados

O novo cheque complementa a rodada série C, captada no ano passado no valor de R$ 150 milhões e liderada pela Valor Capital e acompanhada por fundos como a Kaszek, ONEVC e o londrino VEF. A extensão foi uma forma de trazer para o captable a Moore Capital, gestora americana que lidera o investimento e desembolsou quase todo o montante. 

Desde o início em 2019, a startup acumula quase R$ 500 milhões em aportes. Os novos recursos serão empregados para tirar do papel um projeto de compra e venda de automóveis, previsto para ser colocado no ar até o fim do ano.

“Nós queremos entrar neste mercado e ajudar o motorista a comprar, vender e trocar o seu carro”, afirma Rodrigo Colmonero, CEO e um dos fundadores da startup. Também sócio na gestora Neo Investimentos, o profissional mantém em segredo o funcionamento do novo negócio, chamado de “experiência” dentro da Gringo.

O modelo de negócios da startup é asset light, com base na distribuição de produtos de parceiros, como empréstimos usando o carro como garantia e seguros automotivos. Feitos os negócios, a Gringo recebe uma comissão. A estratégia com a divisão de compra e venda irá seguir na mesma linha. 

“Nós não damos crédito, não tomamos risco com seguros e não iremos comprar carro. O que vamos fazer é ajudar o motorista a encontrar dentro dos players que existem do ecossistema o melhor carro para eles”, afirma.

As estratégias da Gringo

O projeto é prioritário dentro da startup e caminha lado a lado com a expansão geográfica. Nos últimos 12 meses, o serviços da Gringo começaram a ser oferecidos em quatro estados: Rio Grande do Sul, Bahia, Goiás e Maranhão e ainda no Distrito Federal. A movimentação ajudou a startup a dobrar o número de usuários desde a rodada série C, chegando ao número atual de 20 milhões.  

A expectativa agora é de estar presente em todos os estados até o final de 2025, um plano para buscar uma meta audaciosa. “Nós queremos atingir, pelo menos, metade do mercado brasileiro, o que daria 40 milhões de motoristas. Isso nos próximos cinco anos”, diz Colmonero.  

Na jornada para operar como um superapp para resolver todas as dores de cabeça dos motoristas, aguardam na fila ainda soluções para pedágio e abastecimento. 

“Para o ano que vem, nós estamos bem focados no mercado de compra e venda”, afirma. O portfólio de produtos mostra como Colmonero e os outros dois sócios-fundadores, Caique Carvalho, CPO, e Juliano Dutra, CTO, trabalham com um pipeline para manter o ritmo de crescimento, que tem dobrado ano a ano. 

“Nós não abrimos o faturamento, mas o que podemos dizer é que vamos  fazer mais de R$ 2 bilhões em transações. No ano passado, fechamos com R$ 1 bilhão”, afirma o CEO.

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