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Startup do Recife quer ser o primeiro serviço centralizado para mulheres grávidas

A plataforma para gestantes, lactantes e puérperas Yoni vem chamado atenção em competições de startups em Pernambuco e busca o primeiro aporte de R$ 180 mil

Eduarda Campelo, diretora de marketing, e a fundadora Larissa Gomes, da Yoni: startup busca o primeiro aporte de R$ 180 mil

Eduarda Campelo, diretora de marketing, e a fundadora Larissa Gomes, da Yoni: startup busca o primeiro aporte de R$ 180 mil

Laura Pancini
Laura Pancini

Repórter

Publicado em 11 de novembro de 2024 às 15h18.

Última atualização em 11 de novembro de 2024 às 15h22.

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A startup Yoni nasceu em Recife com uma missão ambiciosa: centralizar serviços essenciais para gestantes em uma única plataforma.

Num país onde mulheres ainda enfrentam violência obstétrica, custos elevados e falta de assistência integrada, a proposta da Yoni busca aliviar a carga física, mental e financeira das futuras mães.

Criada pela terapeuta, professora e doula Larissa Gomes, a Yoni foi construída a partir de experiências dolorosas e uma necessidade evidente de mudança no setor.

Após passar por três perdas gestacionais e um episódio de violência obstétrica, a jovem de Natal, no Rio Grande do Norte, está desenvolvendo uma plataforma que oferece desde videoaulas e psicoterapia até o acompanhamento de doulas e consultoria de amamentação – tudo em um só lugar e acessível on-line.

Apesar de ainda estar em fase inicial, a startup vem conquistado atenção em eventos. Foi finalista na competição de startups do TECeM, programa do Porto Digital para acelerar negócios liderados por mulheres, o que garantiu uma vaga direta num outro campeonato que aconteceu na última sexta-feira, 9, no evento Rec 'n' Play*, em Recife.

A Yoni acabou ficando em terceiro lugar e garantiu uma imersão no ecossistema de inovação Hub Goiás e uma mentoria com um especialista da gigante de chips Nvidia.

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O que faz a startup?

A Yoni atende gestantes, puérperas e lactantes, ou seja, mulheres na fase da gravidez, no período pós-parto imediato e aquelas que estão amamentando. O público-alvo, então, é vasto: o Brasil possui cerca de 32 milhões de mulheres em idade reprodutiva.

A startup atende especialmente mulheres entre 22 e 49 anos, com renda entre 3 e 5 salários mínimos – um grupo que valoriza o acompanhamento humanizado durante o período gestacional.

Hoje, a startup tem 1.600 clientes e oferece planos entre R$ 600 e R$ 2.600, aproximadamente. No plano mais barato, a mulher e a sua família têm acesso a videoaulas e encontros onlines com doula e psicóloga. Já o mais caro oferece consultorias de amamentação, pré-natal psicológico e mais.

Para atingir sua meta de 3.200 assinaturas até 2027 – o equivalente a 0,4% da população de gestantes de Recife – a Yoni agora busca um aporte de R$ 180 mil.

De acordo com Gomes, a meta é mais do que possível: com um plano básico de R$ 600 e uma meta inicial de 1.600 assinaturas, a startup estima faturar quase R$ 955 mil por ano, com uma margem de lucro de 30%.

A plataforma se posiciona num mercado com alto potencial de crescimento. Em 2021, o mercado de saúde materna movimentou US$ 14,93 bilhões globalmente e a expectativa é que atinja US$ 28,12 bilhões até 2030.

O baixo custo de manutenção, segundo a fundadora, facilita a escalabilidade do negócio, que projeta um crescimento consistente e prevê um faturamento de até R$ 2,5 milhões em 2027.

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*A jornalista viajou a convite do evento Rec'n'Play

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