Guillermina Pena, Martín Alcalá Rubí, Nicolás Loeff, Pablo Rodríguez Bocca, Juan Pablo Pereira, Juan Olloniego, da BrainLogicAI: com o uso de tecnoloogia, todos poderão ter um assistente pessoal agora (BrainLogicAI/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 21 de agosto de 2023 às 06h00.
Última atualização em 21 de agosto de 2023 às 13h10.
A startup BrainLogic AI, criada por cinco empreendedores uruguaios no começo do ano, nem bem chegou ao mercado e acaba de receber investimentos de 5 milhões de dólares em rodada pela pré-seed. Sediada em Montevidéu, no Uruguai, e no Vale do Silício, nos Estados Unidos, a empresa usa inteligência artificial generativa, a partir de tecnologias como ChatGPT, da Open AI, para criar um assistente pessoal com foco no público latino-americano.
O dinheiro está sendo utilizado para o desenvolvimento da Zapia, solução que entra nesta segunda, 21, em funcionamento com um bot no WhatsApp. O nome, inclusive, é uma junção do “zap” - a abreviação com a qual a plataforma de mensageria da Meta ficou famosa - com a nomenclatura AI.
Nesta fase inicial, o serviço, gratuito, será disponibilizado para um número limitado de pessoas e, depois, terá um uma lista de espera. Segundo os fundadores, o Zapia pode ser usado em qualquer parte do mundo. Eles escolheram, no entanto, São Paulo e a Cidade do México como os principais mercados para aplicar os recursos e ter uma capilaridade maior de estabelecimentos.
A partir de consultas por texto ou áudio, o assistente vai dar sugestões personalizadas aos usuários em tempo real sobre bons restaurantes, notícias do dia a dia, transcrição de áudios em diferentes idiomas. E ainda ajudar a encontrar lojas e serviços e dar aquela forcinha na hora de escolher presentes.
“No passado, assistentes ou secretários eram reservados a pessoas muito ricas. Hoje, nesta nova era da tecnologia, nós podemos criar um assistente por pessoa”, afirma Martín Alcalá Rubí, sócio-fundador da BrainLogic AI.
O profissional empreende há mais de 14 anos no mercado de tecnologia e está por trás das startups:
Ao lado de Rubí, estão os sócios:
Juntos, eles conseguiram atrair a atenção da Factory HQ, o fundo de investimentos do Vale do Silício especializado em AI que liderou a rodada. Para além, entraram as gestoras Anthos Capital, Kalei Ventures, Capital X, Perceptive Ventures e o SNR VC.
Em um segundo momento, a startup deve incrementar o serviço o lançamento de um aplicativo próprio, permitindo que os usuários realizem compras, tenham descontos e possam fazer reservas em restaurantes e hotéis.
“A empresa começa pelo WhatsApp porque ele é usado por 95% dos latino-americanos. É a melhor estratégia de mercado para produtos massivos de IA, mas precisamos evoluir para fornecer recursos muito mais poderosos no curto prazo”, diz Pablo Pereira.
Uma vez conquistado o público e engajamento, a estratégia da BrainLogic passa por se aproximar aproximar tanto de pequenos e médios negócios quanto de grandes companhias, como varejistas, para fomentar a geração de novos negócios.
"Se, por exemplo, fizermos parcerias com marcas brasileiras, podemos oferecer melhores preços, descontos, criar anúncios. Enfim, as possibilidades são infinitas", afirma Rubí.