Starbucks: grupo se comprometeu a contratar pessoas que fogem de guerras, perseguições e discriminação (Jason Alden/Bloomberg)
AFP
Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 10h23.
Última atualização em 30 de janeiro de 2017 às 11h36.
A rede de cafés americana Starbucks e o site de hospedagem Airbnb anunciaram no domingo ações para apoiar pessoas afetadas pelo decreto do presidente Donald Trump, que suspende a entrada de refugiados e muçulmanos aos Estados Unidos.
A Starbucks planeja contratar nos próximos cinco anos 10.000 refugiados nos 75 países nos quais está presente, enquanto a Airbnb anunciou que hospedará de forma gratuita os atingidos pelo decreto.
"Escrevo a vocês hoje com uma profunda preocupação, o coração apertado e uma promessa decidida", afirma o presidente da Starbucks, Howard Schultz, em um e-mail enviado aos seus funcionários e que foi publicado na internet.
"Vivemos tempos sem precedentes, nos quais somos testemunhas de que a consciência de nosso país e a promessa do sonho americano foram colocadas em xeque", acrescentou Schultz, que apoia o Partido Democrata.
O executivo indicou que a Starbucks está em contato com os trabalhadores atingidos pelo decreto presidencial, que estabeleceu restrições severas para a entrada no território americano e "verificações extremas" contra cidadãos de sete países muçulmanos (Síria, Líbia, Sudão, Irã, Iraque, Somália e Iêmen).
O grupo se comprometeu a contratar pessoas que fogem de guerras, perseguições e discriminação.
Nos Estados Unidos, a Starbucks começará a recrutar refugiados que trabalharam para o exército americano como, por exemplo, intérpretes, informou.
"Devemos garantir que nossos escolhidos nos ouçam individualmente e coletivamente. A Starbucks faz sua parte", disse o dirigente, acrescentando que a rede de cafés quer servir seus clientes igualmente "em um país cristão ou um país muçulmano".
Por sua vez, a Airbnb propôs dar alojamento gratuito às pessoas afetadas pelo decreto.
"A Airbnb fornece um alojamento gratuito aos refugiados e a qualquer pessoa proibida de entrar nos Estados Unidos", indicou no Twitter Brian Chesky, presidente da empresa.