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Star Wars tenta despertar a força no gigante mercado chinês

Disney aposta forte nas bilheterias dos cinemas chineses com a exibição de Star Wars


	Disney aposta forte nas bilheterias dos cinemas chineses com a exibição de Star Wars
 (Divulgação/ Site Oficial)

Disney aposta forte nas bilheterias dos cinemas chineses com a exibição de Star Wars (Divulgação/ Site Oficial)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2016 às 07h12.

Pequim - A saga "Star Wars" estreou neste sábado "de verdade" nos cinemas da China com a entrada em cartaz de "O Despertar da Força", já que a primeira trilogia só pôde ser assistida pela internet ou por DVD e com muitos anos de atraso, e a segunda teve uma exibição limitada.

A Disney, dona da franquia desde 2012, apostou forte nesta estreia na China, mas a saga tem pouca tradição no gigante asiático, o que gera certas dúvidas, inclusive se será um sucesso de bilheteria.

O interesse entre a população, em redes sociais e em conversas de rua é nítido, mas não tão forte como em outros países, já que o universo de "Star Wars" é estranho para a imensa maioria dos chineses.

A estreia do primeiro "Star Wars", em 1977, aconteceu em uma China em que, com o recente falecimento de Mao Tsé-tung e com a Revolução Cultural mal acabada, quase não havia cinemas e onde não eram projetados filmes estrangeiros.

Assim, a primeira trilogia não foi exibida em cinemas chineses (a primeira vez foi no Festival de Xangai de 2015) e só chegou à China tarde e através de DVD ou pela internet, o que a fez ser vista por um público muito pequeno.

A segunda trilogia foi exibida na China, mas de forma muito limitada (em 1999, 2002 e 2005), e arrecadou em bilheteria somente US$ 18,7 milhões (R$ 75,3 milhões).

Desta vez, o enorme mercado chinês (mesmo que apenas 30 filmes estrangeiros estreiem nele por ano) abre novas possibilidades tanto para a bilheteria como para a venda de produtos e brinquedos ligados à franquia.

A China já é o segundo maior mercado mundial do cinema, atrás só dos Estados Unidos, com uma bilheteria que totalizou em 2015 US$ 6,8 bilhões, um aumento de 48,7% em comparação com 2014, e com um total de 1,26 bilhão de espectadores.

Além disso, a Disney está em plena expansão no país. No primeiro semestre, abrirá um parque temático em Xangai, cidade onde inaugurou no ano passado sua maior loja do mundo.

A empresa americana realizou em solo chinês uma imensa campanha de atos promocionais, com exposições, 500 soldados na Grande Muralha e a colocação de uma nave Ala-X de dez metros de comprimento na exclusiva região comercial e de lazer de Sanlitun.

Além disso, o astro local do pop Lu Han foi nomeado "embaixador Jedi de honra", estratégia com a qual a Disney espera atrair o público adolescente.

A companhia americana contou que, com a temática de "O despertar da força", espera atrair o segmento de população que mais vai ao cinema na China, os jovens entre 16 e 35 anos, que são responsáveis por quase 80% das bilheterias chinesas. Entre eles, o interesse em presenciar o novo filme é real, muito maior do que entre seus parentes mais velhos, mas não tão arrasador como em outros países ocidentais.

"Claro que penso em vê-lo", confirmou Jin Tianheng, um estudante de cinema de uma universidade de Pequim, que admitiu ser "um pouco fã, mas não muito" da saga, pois viu alguns dos seis filmes anteriores e agora planeja vê-los na ordem.

Um homem de 32 anos que só se identifica pelo sobrenome de Zhang contou à Agência Efe não ter visto nenhum dos anteriores, mas quer ver "O despertar da força" porque é muito fiel à série "The Big Bang Theory", cujos personagens são fanáticos por "Star Wars" e outras franquias de ficção científica como "Star Trek" e "Doutor Who".

A China tem uma base de fãs de Star Wars pequena para sua imensa população, mas muito fiel, com 50 mil registrados em diferentes sites, e desde 2009 existe também um capítulo da Legião 501, a organização internacional de fãs que realiza eventos de 'cosplay' da saga.

Jia Yu, de 27 anos, que trabalha em uma companhia financeira, disse que, embora vá ver o filme, acha que ele "não vai causar tanto interesse na China como nos Estados Unidos".

"Quem vai assistir aos filmes aqui são principalmente os grupos de fãs destes filmes, que podem estar um pouco loucos por isso, e os jovens que querem seguir tendências", afirmou. 

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