As perdas da companhia, que recentemente nomeou como presidente Kazuo Hirai, são 75% maiores que as registradas no ano anterior (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2012 às 11h27.
Tóquio - A gigante da eletrônica Sony perdeu 456,7 bilhões de ienes (US$ 5,745 bilhões) no recém-concluído ano fiscal de 2011, o que representa seu quarto exercício consecutivo no vermelho.
As perdas da companhia, que recentemente nomeou como presidente Kazuo Hirai, são 75% maiores que as registradas no ano anterior, quando o prejuízo foi de 259,6 bilhões de ienes (US$ 3,26 bilhões).
Para este ano fiscal, que termina em 31 de março de 2013, o grupo japonês espera deixar para trás os números vermelhos e obter um lucro líquido de 30 bilhões de ienes (US$ 376 milhões).
A Sony atribuiu os maus resultados no exercício de 2011 ao impacto da valorização do iene, aos efeitos das catástrofes naturais no Japão e na Tailândia e à deterioração dos mercados nos países desenvolvidos.
A perda operacional do grupo em 2011 ascendeu a 67,3 bilhões de ienes (US$ 847 milhões), frente ao lucro operacional de 199,9 bilhões de ienes do ano anterior (US$ 2,51 bilhões).
Sua receita por vendas retrocedeu 9,6%, a 6,49 trilhões de ienes (US$ 81,7 bilhões).
No entanto, a multinacional japonesa espera dar a volta por cima no atual exercício e alcançar um lucro operacional de 180 bilhões de ienes (US$ 2,26 bilhões), com um aumento de 14% em suas vendas.
Em comunicado, a Sony ressaltou que espera em 2012 'uma melhora significativa' nas vendas de dispositivos e produtos destinados ao setor profissional e na divisão denominada Produtos de Consumo e Serviços, que abrange toda a eletrônica de consumo, incluindo televisores, vídeo, áudio e computadores.
O grupo também acredita que sua unidade de produção e distribuição de conteúdo audiovisual, a Sony Pictures Entertainment, obterá maior receita neste ano.
A Sony anunciou em abril um plano de reestruturação cujos custos ficarão em torno de 75 bilhões de ienes (US$ 943 milhões) no atual ano fiscal, durante o qual cortará 10 mil postos de trabalho, cerca de 6% de seu quadro de funcionários.