A Sony atribuiu o aumento da perda líquida à valorização do iene e seu efeito nas exportações, além do terremoto de março (Koichi Kamoshida / Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2011 às 05h45.
Tóquio - A gigante japonesa Sony anunciou nesta quinta-feira uma perda líquida de 259,6 bilhões de ienes (2,25 bilhões de euros) no ano fiscal de 2010, valor seis vezes superior ao montante que perdeu no ano precedente.
O lucro operacional da multinacional no ano fiscal de 2010, concluído em 31 de março, foi de 199,8 bilhões de ienes (1,73 bilhão de euros), acima dos 31,8 bilhões de ienes (275 milhões de euros) do ano anterior.
A empresa japonesa atribuiu o aumento da perda líquida à valorização do iene e seu efeito nas exportações, assim como ao impacto do terremoto e do devastador tsunami de 11 de março.
Neste sentido, os dados negativos aumentaram no último trimestre do ano fiscal, quando a perda líquida foi de 388,8 bilhões de ienes (3,368 bilhões de euros) e a perda operacional ascendeu a 73,37 bilhões de ienes (635 milhões de euros), detalhou o grupo.
No entanto, a Sony prevê para o atual ano fiscal lucro líquido de 80 bilhões de ienes (693 milhões de euros), ao tempo que espera manter seu lucro operacional em 200 bilhões de ienes (1,732 bilhão de euros).
No ano concluído em março, as vendas da empresa chegaram a 7,181 trilhões de ienes (62,212 bilhões de euros), 0,5% menos que no mesmo período de 2009.
A Sony detalhou que o faturamento desceu em quase todos os segmentos, exceto o de eletrônica de consumo, que inclui televisores, áudio, vídeo e semicondutores, e o de Rede de Produtos e Serviços, que inclui a divisão de videogames.
Além dos efeitos do terremoto, que levou à paralisação temporária de várias de suas fábricas no Japão, a Sony sofreu outro revés devido aos ataques a vários de seus serviços online desde abril, que vazaram os dados de mais de 100 milhões de usuários.
Os ataques de hackers afetaram inicialmente as plataformas online da Sony PlayStation Network (PSN) e o Qriocity, das quais podem ter sido roubados os dados de 77 milhões de contas, e posteriormente se estenderam a serviços como o Sony Online Entertainment (SOE) e algumas páginas da Sony Ericsson.