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SoftBank amplia pressão financeira com acordo de US$ 10 bi com WeWork

Investimento do fundo na startup aumentará para mais de US$ 13 bilhões, o que dará ao conglomerado uma participação de 80% no WeWork

SoftBank (Akio Kon/Bloomberg)

SoftBank (Akio Kon/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 23 de outubro de 2019 às 09h56.

Tóquio — As pressões financeiras sobre o SoftBank Group Corp aumentaram nesta quarta-feira (23), com o acordo para aportar mais de 10 bilhões de dólares a fim de assumir a startup de compartilhamento de escritórios WeWork, derrubando as ações já enfraquecidas do conglomerado de tecnologia japonês.

O investimento total da SoftBank na empresa que perde dinheiro aumentará para mais de 13 bilhões de dólares, o que dará ao conglomerado uma participação de 80% no WeWork, mas não o controle da empresa, agora avaliada em 8 bilhões de dólares.

As ações do SoftBank Group caíram 2,5% nesta quarta-feira, acumulando queda de quase 30% em relação ao pico de julho, à medida que o ceticismo dos investidores cresce quanto a lucratividade de investimentos como WeWork e Uber.

O acordo da WeWork está estruturado para evitar que o SoftBank precise consolidá-lo ou assumir obrigações onerosas de arrendamento.

Embora o SoftBank tenha um exército de investidores de varejo no Japão e disposto a comprar seus títulos não desejados, ele já possui cerca de 5 trilhões de ienes (46 bilhões de dólares) em dívida líquida em seu balanço - mais da metade de sua capitalização de mercado de 9 trilhões de ienes.

O custo da proteção padrão no SoftBank Group aumentou, com o swap padrão de crédito de 5 anos saltando 17,7 pontos em uma semana para o nível mais alto desde janeiro.

Na WeWork, o SoftBank agiu para remover o cofundador e o rosto da empresa Adam Neumann, primeiro como executivo-chefe e agora do conselho de administração da WeWork, após uma tentativa de oferta pública inicial (IPO) e preocupações de governança corporativa.

O diretor de operações da SoftBank, Marcelo Claure, se tornará o presidente-executivo da WeWork, aumentando suas funções, incluindo dirigir um fundo de 5 bilhões de dólares com foco na América Latina e conseguir a união entre a Sprint e a T-Mobile US através de reguladores.

O WeWork é "uma acusação grave da metodologia de avaliação e triagem do SoftBank, que precisa mudar para se basear em fundamentos", escreveu o analista independente Richard Windsor.

O SoftBank, que afirma que seus métodos de avaliação se baseiam nas práticas padrão da indústria, enfrentará baixas contábeis em muitas de suas apostas tecnológicas quando divulgar resultado trimestral no próximo mês.

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