Silvio Rocha, fundador da SJR Equipamentos: uma máquina pode custar entre R$ 170 mil e R$ 350 mil
Repórter
Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 09h54.
O mercado de locação de equipamentos para construção movimenta bilhões de reais no Brasil, mas ainda é um setor com gargalos operacionais e falta de mão de obra especializada. Foi nesse cenário que surgiu a SJR Equipamentos, empresa que começou oferecendo manutenção e reforma de máquinas e, com o tempo, passou a atuar também com locação para obras públicas e privadas.
Criada em 2017 por Silvio Rocha, a empresa de Bragança Paulista, em São Paulo, viu seu faturamento disparar nos últimos anos. Em 2023, a SJR faturou R$ 14 milhões, um crescimento de 199,09% em relação ao ano anterior, garantindo o 22º lugar no ranking EXAME Negócios em Expansão 2024, na categoria de 5 a 30 milhões de reais.
Agora, com contratos de locação em grandes obras como o Rodoanel de São Paulo, a SJR projeta faturar R$ 26 milhões em 2024. “O crescimento veio porque sempre focamos na qualidade e no atendimento eficiente. Começamos pequenos, mas a demanda nos fez crescer rápido”, afirma Rocha.
Quer ver a sua empresa nas páginas da EXAME assim como a SJR? Inscreva-se no Negócios em Expansão 2025. É grátis!Antes de fundar a SJR, Silvio Rocha trabalhava no setor de manutenção de equipamentos para construção. Como engenheiro mecânico, ele percebeu uma grande deficiência no mercado: a falta de profissionais qualificados para reformar e manter máquinas pesadas.
Em 2017, decidiu sair do emprego e começou a oferecer serviços de manutenção por conta própria. No início, era apenas ele, um carro e uma caixa de ferramentas, visitando clientes e resolvendo problemas diretamente nas obras.
A demanda cresceu rapidamente. Em poucos meses, Rocha já tinha contratos de manutenção preventiva e corretiva e precisou contratar funcionários. Seis meses depois, alugou um espaço e montou sua primeira oficina própria, dando início à estruturação da empresa.
Ao atender clientes do setor de construção, Rocha percebeu uma nova oportunidade de negócio: o alto potencial de rentabilidade na locação de equipamentos. O investimento inicial era alto — uma máquina pode custar entre R$ 170 mil e R$ 350 mil —, mas as margens eram atrativas.
A primeira máquina foi comprada no Rio Grande do Sul, em condições precárias. Após reformada, começou a gerar receita e permitiu a aquisição do segundo equipamento. Os primeiros negócios foram financiados parcialmente com capital próprio e parcialmente via bancos.
Com o tempo, a empresa cresceu e começou a atuar também no setor público, fornecendo máquinas para prefeituras e órgãos estaduais. A entrada nesse mercado, entre 2021 e 2022, foi um divisor de águas.
Ele saiu de São Paulo e criou um negócio milionário no interior do MaranhãoHoje, cerca de 60% do faturamento da SJR vem de contratos com o setor público, enquanto os outros 40% vêm de locações para o setor privado.
Em 2025, a empresa pretende expandir sua operação para o Sul do Brasil, onde já tem parceiros estratégicos e deve iniciar novos contratos. Rocha também não descarta a possibilidade de atuar fora do país. “O setor de locação de equipamentos não tem barreiras de fronteira. Já estamos avaliando oportunidades no Sul e, no futuro, podemos olhar até para fora do Brasil”, explica.
Além disso, a empresa segue de olho nas grandes obras de infraestrutura previstas para os próximos anos, como rodovias, aeroportos e projetos de mobilidade urbana. O governo federal e os estados têm planos ambiciosos para infraestrutura até 2030, o que abre uma grande oportunidade para empresas do setor de locação.
A SJR já está envolvida em obras como o Rodoanel de São Paulo, um dos maiores projetos de infraestrutura do país atualmente. O contrato de locação para essa obra é um dos fatores que devem impulsionar o faturamento da empresa em 2025.
“Sabemos que dinheiro o país tem. O que precisamos acompanhar é o ritmo dos investimentos. Mas tudo indica que 2025 será um ano muito positivo para infraestrutura”, afirma.
Os principais focos para o próximo ano serão expandir a atuação geográfica, aumentar o número de contratos públicos e reforçar o atendimento ao setor privado. Com isso, a empresa espera manter um crescimento acima de 50% ao ano.
O ranking EXAME Negócios em Expansão é uma iniciativa da EXAME e do BTG Pactual. O objetivo é encontrar as empresas emergentes brasileiras com as maiores taxas de crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses. Em 2024, a pesquisa avaliou as empresas brasileiras que mais conseguiram expandir receitas ao longo de 2023. A análise considerou os negócios com faturamento anual entre 2 milhões e 600 milhões de reais.
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