A SinoHub será responsável pela produção dos produtos da CiaoHub e a Ciao Telecom será responsável pela distribuição (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2012 às 17h36.
Rio de Janeiro - A produtora chinesa de eletrônicos SinoHub fechou acordo para a formação de uma joint-venture com a norte-americana Ciao Telecom que almeja fabricar e vender no Brasil aproximadamente 1,3 milhão de telefones celulares e tablets ao fim de 2013, informou a empresa chinesa nesta terça-feira.
O plano envolve a construção de uma fábrica de 9 mil metros quadrados em Vila Velha (ES), que será voltada para a produção de dispositivos móveis como telefones celulares tradicionais, smartphones, tablets e componentes para estes dispositivos. Há expectativa de ter 380 funcionários até o fim do ano que vem.
As empresas esperam que a unidade seja concluída em outubro de 2012, "presumindo a aquisição em tempo do local e da obtenção do financiamento inicial para a fábrica e as operações," de acordo com comunicado.
Há uma exigência de capital para os planos atuais de aproximadamente 15 milhões de dólares, e a CiaoHub vai buscar os recursos.
"Conversas com diversas fontes de financiamento estão em andamento, embora nenhum comprometimento de funding tenha sido garantido", disse a nota, sem dar detalhes.
O nome da empresa a ser constituída no Brasil é CiaoHub, e cada empresa terá 47 por cento da nova companhia, com a participação de 6 por cento restante igualmente dividida entre seis diretores da CiaoHub. A Ciao Telecom já atua no Brasil.
A SinoHub será responsável pela produção dos produtos da CiaoHub e a Ciao Telecom será responsável pela distribuição.
A intenção das empresas é manufaturar e comercializar 1,3 milhão de aparelhos "de alta qualidade" no mercado brasileiro, cuja expectativa é encerrar 2012 com 276 milhões de acessos móveis, após fechar 2011 com fortes resultados, disse a nota.
O anúncio da joint-venture vem quando diversas companhias de tecnologia miram o Brasil como pólo produtor, após o governo ter garantido incentivos para a fabricação local de tablets, com a chamada "lei do bem", e de ter prometido desonerações para o segmento de equipamentos de rede e telecomunicações.