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Sindicato pede investigação sobre contratação de Neymar

O sindicato quer que a UE assuma a função de fiscalizar a forma pela qual mais de 220 milhões de euros foram pagos pelo Paris Saint-Germain ao Barcelona

Neymar: a mudança de Neymar transferência mais cara da história do futebol (Aurelien Meunier/Getty Images)

Neymar: a mudança de Neymar transferência mais cara da história do futebol (Aurelien Meunier/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de agosto de 2017 às 17h27.

Genebra - Chamando o valor usado na compra de Neymar de "loucura", o sindicato internacional de jogadores pediu que a transferência do brasileiro para o Paris Saint-Germain seja alvo de uma investigação e que a União Europeia assuma a função de fiscalizar a forma pela qual mais de 220 milhões de euros foram pagos pelo clube francês ao Barcelona.

O pedido oficial veio da FiFPro, que representa em nível internacional os jogadores e que tem alertado nos últimos anos para o abismo entre uma elite do futebol e a grande maioria dos atletas.

Na avaliação da entidade, o volume de recursos implicados na transferência mais cara da história do futebol terá um sério impacto na competitividade da modalidade.

"Estamos pedindo que a Comissão Europeia investigue o fluxo de dinheiro dentro dos territórios da União Europeia para entender seu impacto no equilíbrio competitivo na região", afirmou a entidade.

"A transferência recorde do brasileiro Neymar é o mais recente exemplo de como o futebol é um domínio cada vez maior de um grupo seleto de ricos, em grande parte de clubes europeus."

Por isso, a entidade pediu que a Comissão Europeia abra uma investigação sobre as regras de transferência e disse que elas agora precisariam passar por uma "revisão urgente".

Na avaliação da FIFPro, um equilíbrio no sistema é a melhor forma de proteger o direito dos jogadores e garantir que o interesse do futebol seja preservado.

"A FIFPro argumenta que um mercado inflacionado e distorcido, com taxas cada vez maiores de transferência, ajuda a destruir o equilíbrio competitivo", alegou. "As regras da Fifa não são competitivas, são injustas e ilegais", atacou.

"A enorme riqueza do futebol está presa dentro de poucos campeonatos e clubes, quando poderia ser redistribuída de maneira mais eficiente e justa para ajudar a proteger a competitividade, que é um dos objetivos principais do sistema de transferências", alertou seu secretário-geral, Theo van Seggelen.

Recusando qualquer insinuação de irregularidade, o presidente do time francês, Nasser Al-Khelaifi, disse ironicamente que aqueles que tenham dúvidas sobre a transferência "podem ir tomar um café".

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