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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Rio - O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) foi hoje ao Ministério Público do Trabalho (MPT) pedir a interdição da plataforma de produção de petróleo P-33, instalada no campo de Marlim, na Bacia de Campos, alegando risco à segurança dos trabalhadores. A plataforma chegou a ser interditada na semana passada pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT) de Macaé, mas a Petrobras conseguiu liminar no sábado retomando as operações.
Segundo o coordenador do Sindipetro-NF, José Maria Rangel, os problemas foram detectados durante operação de vistoria que é realizada pelos trabalhadores nas plataformas da Bacia de Campos desde 2009. "São plataformas que estão operando há muito tempo e que necessitam de manutenção periódica para preservar o bom estado de conservação", explica Rangel, que cita como críticas também a P-31, do campo de Albacora, e P-35, de Marlim.
A Petrobras tem hoje 45 plataformas de produção na Bacia de Campos. Na P-33, a vistoria dos trabalhadores indicou uma série de problemas com equipamentos de segurança e nas condições de habitação da plataforma, incluindo acúmulo e lixo e falha na limpeza de banheiros. A unidade sofreu dois acidentes recentemente, segundo o Sindipetro-NF: um vazamento de gás em maio e a explosão de uma válvula em julho.
"Entendemos que a produção de petróleo é importante, mas não há dinheiro que pague uma vida", diz o sindicalista. A P-33 produz atualmente cerca de 20 mil barris por dia. A Petrobras alega que não há problemas na unidade, que "é inspecionada por profissionais habilitados e certificada anualmente, desde 1999, pelo Sistema Próprio de Inspeção de Equipamentos (SPIE)".
Ainda segundo a estatal, a última certificação foi emitida em dezembro de 2009 e permanece válida. A plataforma, diz a empresa, é vistoriada regularmente pela Marinha, que embarcará na unidade amanhã. A Delegacia Regional do Trabalho também deve participar dessa nova vistoria. Além do Ministério Público do Trabalho, o Sindipetro-NF levou a denúncia à Marinha e à Agência Nacional do Petróleo (ANP).
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