Negócios

Siemens rompe relações na Rússia por desvio de turbinas à Crimeia

Com a descoberta do desvio, o grupo industrial alemão venderá participações em um grupo russo e encerrará acordos de licenciamento e fornecimento no país

Siemens: a anexação da Crimeia fez com que a UE adotasse uma série de sanções contra Moscou (Siemens/Getty Images)

Siemens: a anexação da Crimeia fez com que a UE adotasse uma série de sanções contra Moscou (Siemens/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 21 de julho de 2017 às 09h56.

O grupo industrial alemão Siemens anunciou nesta sexta-feira (21) a interrupção de algumas de suas atividades na Rússia depois de ter descoberto que quatro turbinas de gás entregues a este país foram levadas para a Crimeia.

Siemens vai vender suas participações minoritárias no grupo russo Interautomatika, encerrará um acordo de licenciamento relativo a equipamentos para usinas elétricas e cessará o fornecimento de material para qualquer empresa controlada pelo Estado russo, informa o gigante industrial em um comunicado.

Há quase duas semanas, Siemens anunciou que havia "recebido informações de fontes confiáveis de ​​que pelo menos" duas das quatro turbinas a gás entregues para o projeto Taman, no sul da Rússia, foram desviadas para a península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. O paradeiro das duas outras não era conhecido.

Agora, "Siemens recebeu informações confiáveis de que, apesar de todos os esforços recentes e passados, ​​todas as quatro turbinas a gás entregues no verão de 2016 para o projeto Taman foram modificadas localmente e deslocadas ilegalmente para a Crimeia contra os acordos contratuais", afirmou o grupo de Munique, que abriu um processo judicial na Rússia.

A anexação da Crimeia provocou a adoção por parte da União Europeia (UE) de uma série de sanções contra Moscou.

O projeto Taman envolve a construção de uma usina térmica de energia na península de Taman, na região de Krasnodar, na Rússia. Fica na direção de Kerch, na Crimeia, a qual Moscou quer que reduza sua dependência energética da Ucrânia.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaCrimeiaEmpresasRússiaSiemens

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'