Siemens: a área de saúde foi o único dos negócios da Siemens a não bater as expectativas de lucro do mercado no 2º trimestre fiscal do grupo até o final de março (Guenter Schiffmann/Bloomberg)
Reuters
Publicado em 4 de maio de 2017 às 15h28.
Frankfurt - A Siemens pode fundir seu negócio de saúde de 15 bilhões de dólares com um concorrente listado como opção a uma listagem de ações, disse seu chefe financeiro, acrescentando que o grupo industrial alemão não tomará uma decisão precipitada.
O grupo que produz de trens a turbinas de geração de energia anunciou em novembro que queria listar a área de tecnologia médica, permitindo à área levantar recursos próprios para se adaptar a novas tendências, como análise de genoma, gerenciamento de saúde ou software e serviços.
Mas a Siemens ainda não deu mandato a nenhum banco, disseram várias fontes à Reuters, levantando questões sobre se a companhia poderá listar o negócio chamado Healthineers neste ano, como era esperado.
Em teleconferência após a divulgação dos resultados trimestrais da Siemens, o vice-presidente de finanças, Ralf Thomas, disse que a Siemens nunca fixou um prazo e que considera "duas ou três" opções para uma listagem.
Ela poderia vender novas ações numa oferta inicial clássica, como fez com a fabricante de chips Infineon, cindir o negócio entre atuais acionistas, como fez com o braço de iluminação Osram, ou fundir a área com uma empresa já listada, como aconteceu com a operação de energia eólica e o grupo espanhol de energias renováveis Gamesa.
Perguntado se a Healthineers poderia ser fundida com uma empresa listada, Thomas disse a repórteres: "Naturalmente estamos olhando todas as opções teoricamente possíveis. Eu não excluiria nada."
Dois executivos de bancos familiarizados com a Siemens mencionaram a fabricante de dispositivos médicos Varian, empresa com menos de um quarto das vendas da Healthineers, como potencial parceira que a Siemens analisou no passado.
A Varian, com sede na Califórnia, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A área de saúde, cujo negócio principal é de grandes equipamentos de imagem médica, foi o único dos negócios da Siemens a não bater as expectativas de lucro do mercado no segundo trimestre fiscal do grupo até o final de março.
O lucro da unidade subiu 6 por cento, para 588 milhões de euros, abaixo da expectativa média do mercado, de 620 milhões de euros.
No geral, a Siemens bateu as previsões de mercado com um aumento de 1 por cento nas encomendas, de 5 por cento na receita e de 18 por cento no lucro industrial, elevando sua margem industrial para 12,1 por cento.