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Siderúrgicas chinesas podem romper contratos de minério, diz Vale

Xangai - As siderúrgicas chinesas podem descumprir contratos de compra de minério de ferro se os preços da commodity no mercado a vista caírem abaixo dos valores definidos trimestralmente, afirmou José Carlos Martins, diretor de ferrosos da Vale. "É uma possibilidade, mas espero que elas não façam isso porque temos contratos, temos um compromisso de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

Xangai - As siderúrgicas chinesas podem descumprir contratos de compra de minério de ferro se os preços da commodity no mercado a vista caírem abaixo dos valores definidos trimestralmente, afirmou José Carlos Martins, diretor de ferrosos da Vale.

"É uma possibilidade, mas espero que elas não façam isso porque temos contratos, temos um compromisso de longo prazo, e um compromisso de longo prazo tem de valer para ambos os lados", afirmou o executivo a jornalistas durante uma conferência em Xangai, nesta terça-feira.

Ele disse que os preços do minério definidos em contrato para o terceiro trimestre deste ano já foram estabelecidos e informados aos clientes, mas evitou entrar em detalhes, afirmando apenas que eles representam uma média dos preços de março a maio.

A agência de notícias Interfax publicou recentemente que a Vale estava pedindo um aumento de 23 por cento no preço do minério de ferro para o terceiro trimestre, elevando o valor da commodity para 160 dólares a tonelada ante um preço atual no mercado a vista de 150 dólares.

As siderúrgicas chinesas foram acusadas de descumprir contratos anuais no segundo semestre de 2008, quando os preços no mercado a vista recuaram abaixo dos valores definidos em contratos pela primeira vez, como resultado da crise financeira internacional.

O fracasso na manutenção dos contratos foi decorrente do colapso no sistema anual de definição de preços do minério de ferro, pelo qual as siderúrgicas negociam um preço válido para todo o ano com as mineradoras.

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