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Siderúrgicas asiáticas enfrentam pressão de aumento de custos

Siderúrgicas devem acabar buscando novos aumentos durante o primeiro semestre deste ano para cobrir custos maiores com insumos

Siderúrgica da Posco, na Coréia do Sul: grupo é o terceiro maior do mundo (WIKIMEDIA COMMONS)

Siderúrgica da Posco, na Coréia do Sul: grupo é o terceiro maior do mundo (WIKIMEDIA COMMONS)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 09h55.

Mumbai, Índia - Siderúrgicas do Japão e da Coreia do Sul devem divulgar resultados baixos para o trimestre encerrado em dezembro, pressionadas por demanda fraca e aumento nos custos com matérias-primas. Apesar disso, usinas na China e na Índia podem ter resultado melhor que o esperado, apoiadas em demanda doméstica elevada.

Uma recente redução em estoques na China e aumento global nos preços do aço nos últimos meses têm impulsionado preços na Ásia e as siderúrgicas devem acabar buscando novos aumentos durante o primeiro semestre deste ano para cobrir custos maiores com insumos.

As siderúrgicas na Ásia estão observando aumentos de custos após as inundações nas minas de carvão da Austrália, forçando produtores de aço a buscar novos fornecedores. Os preços do carvão coque devem subir em 20 por cento, para 300 dólares a tonelada, o maior nível em quase dois anos.

A Posco, terceiro maior grupo siderúrgico do mundo, será o primeiro importante produtor de ação da Ásia a divulgar resultados trimestrais em 13 de janeiro e é provável que a empresa esteja entre as usinas com as maiores quedas de lucro.

A Posco deve registrar uma queda de 40 por cento no lucro operacional, para 956 bilhões de wons, segundo previsão média de 13 analistas consultados pela Thomson Reuters I/B/E/S.

Analistas acreditam que o lucro da Posco tenha atingido o fundo do poço no quarto trimestre e que comece a se recuperar no primeiro trimestre, apoiado em preços maiores do aço no mundo e consumo de matérias-primas mais baratas, comparadas ao trimestre anterior.

"Não espero que o resultado da Posco se recupere rapidamente, mas deve passar por uma recuperação gradual no primeiro semestre", comentou Kim Mi-hyun, analista da NH Investment & Securities.

"A chave são os preços de matérias-primas. A menos que subam acentuadamente, não será difícil para a Posco repassar os custos para clientes no segundo trimestre, quando há demanda sazonal alta", disse.

Enquanto isso, siderúrgicas japonesas, que fornecem aço para algumas das principais montadoras de veículos do mundo, também devem divulgar lucros em queda, atingidas pela alta do iene, queda nas vendas domésticas de veículos e fraqueza nos preços de exportação na Ásia, principal destino exportador do país.

Já o lucro da Nippon Steel deve cair 8 por cento no trimestre encerrado em dezembro, segundo dois analistas consultados, enquanto o resultado da JFE Holdings deve recuar 41 por cento no período, de acordo com a média de três analistas. A maior parte dos analistas do Japão não faz previsões para resultados trimestrais.

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