Funcionário com símbolo da Shell em capacete: companhia é a segunda maior operadora de campos de petróleo no Brasil (Andrey Rudakov/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2015 às 11h32.
Londres - A petroleira Royal Dutch Shell vai cortar 6.500 empregos neste ano e intensificará os cortes de gastos, em resposta ao prolongado período de preços mais baixos de petróleo que contribuiu para uma queda de 37 por cento no lucro do segundo trimestre da empresa.
A companhia anglo-holandesa também vai aumentar as alienações de ativos para 50 bilhões de dólares entre 2014 e 2018 conforme avança com sua aquisição proposta da BG Group por 70 bilhões de dólares.
A Shell disse que prevê o corte de 6.500 funcionários e terceirizados diretos globalmente em 2015 do total de quase 100 mil empregados, em um momento em que enfrenta uma forte queda, de quase metade do valor, nos preços do petróleo em um ano.
Como as rivais BP, Statoil e Total, a Shell anunciou reduções nos investimentos pela segunda vez neste ano, cortando outros 3 bilhões de dólares de seu orçamento para 2015 e levando ele a 30 bilhões de dólares.
O lucro da Shell no segundo trimestre excluindo certos itens ficou em 3,84 bilhões de dólares, uma queda ante 6,13 bilhões no mesmo período no ano passado, e em comparação a 3,25 bilhões registrados no trimestre anterior.
Os resultados superaram expectativas de 3,18 bilhões, segundo média entre analistas fornecida pela companhia. A forte queda de cerca de 75 na receita com produção de petróleo foi novamente compensada por refino e comercialização, onde os lucros mais que dobraram ante o ano passado.
A Shell é a segunda maior operadora de campos de petróleo no Brasil, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A companhia é uma das sócias da Petrobras na área de Libra, no pré-sal da bacia de Santos.