A Dior é uma das 75 marcas que integram o Comité Colbert (Sean Gallup/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2011 às 09h03.
Paris - As empresas francesas de luxo reunidas no Comité Colbert vão lançar uma campanha promocional no Brasil, para elevar a baixa representação do país nos negócios da associação, entre 2% e 3% das vendas.
No Brasil "há uma nova classe média que pode consumir luxo apesar dos impostos alfandegários elevados", destacou em entrevista publicada nesta quarta-feira ao jornal "La Tribune" a delegada geral do Comité Colbert, Elisabeth Ponsolle des Portes.
Apesar dos impostos, que elevam os preços dos produtos franceses de 30% a 50% mais no Brasil do que na França, "os brasileiros têm sede de consumo" e não só em São Paulo, como em Brasília, acrescentou Elizabeth.
As 75 empresas integrantes do Comité Colbert, com faturamento conjunto 22 bilhões de euros, tiveram um ano "excepcional" em 2010, conforme declarações às vésperas da apresentação de seus resultados.
"Não são raros" os crescimentos em torno de 25% em alguns mercados, assinalou antes de comentar que o setor do vinho e do champanhe - abalado pela crise com muita força, voltou a crescer desde o último trimestre de 2009, e a tendência se confirmou em 2010.
Os Estados Unidos representam de 20% a 22% da atividade das empresas francesas do luxo e Japão de 15% a 17%, mas há outros países que investem fortemente no negócio, como Coreia do Sul, Indonésia, Malásia, Filipinas e, principalmente, a China.
A delegada geral do Comité Colbert indicou que os chineses são os primeiros clientes das Galerias Lafayette de Paris e falou sobre as perspectivas favoráveis: para 2020 calcula-se 100 milhões de turistas chineses, para os quais a França é o destino favorito.
"Todo o francês é romântico, todos sonham com uma taça de champanhe diante da Torre Eiffel", comentou.
O Comité Colbert é uma associação sem fins lucrativos criada em 1954 para promover e exportar o estilo de vida francês para o resto do mundo.