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Setor de TI já projeta crescimento menor em 2013

A expectativa era de um aumento do faturamento das empresas entre 12% e 14%, mas agora esse número pode ficar entre 8% e 10%


	Sede da Totvs, em São Paulo: a principal empresa brasileira de TI, já havia dado indícios do desaquecimento, há cerca de um mês
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Sede da Totvs, em São Paulo: a principal empresa brasileira de TI, já havia dado indícios do desaquecimento, há cerca de um mês (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 13h38.

São Paulo - O setor de Tecnologia da Informação (TI) sentiu os efeitos da desaceleração da atividade econômica ao longo deste ano e já projeta um crescimento menor do que o esperado no início do ano.

Inicialmente, a expectativa era de um aumento do faturamento das empresas entre 12% e 14%, mas agora esse número pode ficar entre 8% e 10%, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), Antonio Gil.

Segundo ele, o setor costuma se descolar do crescimento da economia, expandindo-se num ritmo maior. No entanto, as empresas vêm sentindo o efeito da desaceleração. "O setor está vendo a atividade mais fraca", disse.

O PIB recuou 0,5% no terceiro trimestre frente ao segundo e o setor de serviços avançou 0,1% no mesmo período. Os serviços de TI se relacionam com os mais diversos segmentos e portes de empresas.

A Totvs, principal empresa brasileira de TI, já havia dado indícios do desaquecimento, há cerca de um mês, durante a divulgação dos resultados do terceiro trimestre. Segundo o vice-presidente executivo da companhia, Alexandre Dinkelmann, o cenário econômico segue sem sinais de retomada da atividade.

O executivo da Totvs afirmou que há uma percepção de que os clientes estão alongando o processo de compra e a decisão de investimentos em softwares para projetos mais complexos. "O processo de venda tem levado mais tempo para ser concluído", afirmou, acrescentando, porém, que o cenário mais adverso não atinge os clientes de menor porte, mas está concentrado nos maiores clientes.

Outro fator que trouxe insegurança ao setor se refere às incertezas quanto aos rumos do marco civil da internet, no ponto da neutralidade de redes, e dos investimentos em data centers. "Essa questão da espionagem criou um mal estar generalizado, que está deixando o horizonte (para investimento) do setor mais complexo", afirmou Gil, da Brasscom.

Apesar do cenário mais adverso este ano, Gil destaca que o setor de TI vem avançando em um ritmo superior ao da média mundial. No ano passado, o segmento cresceu 5,9% em média no mundo, sendo 10,8% no Brasil. "Se crescermos 8% já será uma expansão importante", pontuou.

Gil acrescentou que ao longo deste ano a associação já recebeu mais de 150 grupos de empresas internacionais dispostas a investir no Brasil. "Ainda há um grande interesse pelo Brasil", disse, acrescentando que o movimento de listagem de empresas de TI em bolsa fortalece este cenário.

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