Estudantes fazem prova em sala de aula: a companhia teve evasão de 20.502 alunos na graduação presencial (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2015 às 07h57.
Rio de Janeiro - A Ser Educacional espera uma normalização dos níveis de evasão em 2016, enquanto deve aumentar as mensalidades em linha com a inflação e espera o mesmo número de 2015 para as vagas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no próximo ano.
"Veremos melhora dos indicadores no primeiro trimestre de 2016, já que a captação de verão puxa os resultados para cima", disse o diretor de relações com investidores do grupo, Rodrigo Alves.
No terceiro trimestre, a companhia teve evasão de 20.502 alunos na graduação presencial.
A expectativa é que os números ainda permaneçam altos no próximo trimestre, mas a partir do primeiro trimestre do ano que vem devem se normalizar, enquanto a companhia realiza ações como controle de frequência, notas e inadimplência, disse o diretor-presidente, Jânyo Diniz.
A maior parte dos estudantes que desistiram foram aqueles que não tiveram acesso ao Fies ou ao Pravaler, modalidade privada de crédito estudantil. "O reajuste das mensalidades deve ficar em linha com a inflação.
A gente não pretende, para o futuro, entrar numa questão violenta de preço a qualquer custo, que acaba por destruir a imagem de boa qualidade e ainda reduz o ticket médio", disse Diniz.
A Kroton Educacional disse na quinta-feira que prevê alta da mensalidade média a partir do quarto trimestre e em 2016, após impacto de descontos e isenção de matrículas no terceiro trimestre.
O preço médio da Ser era de 650 reais ao final de setembro, ante 553 um ano antes. O Grupo encerrou o trimestre com 122 mil alunos de graduação presencial matriculados, 39,1 por cento mais que um ano antes.
Ao final de setembro, foram matriculados 14,6 mil novos alunos de graduação, aumento anual de 12,4 por cento.
No segundo semestre, a Ser Educacional preencheu 50 por cento das 4.200 vagas destinadas à companhia para o Fies, disse Alves.
Para o próximo semestre, no entanto, a empresa não espera mudanças nas regras do Fies e disse que haverá uma maior procura e preenchimento das vagas, uma vez que o aprendizado aconteceu no segundo semestre de 2015.
O lucro líquido da companhia caiu para 24,2 milhões de reais no terceiro trimestre, ante 57,7 milhões de reais um ano antes, sob impacto do aumento das despesas financeiras e aumento da evasão. (Por Juliana Schincariol)