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Sephora fica mais acessível com marcas como Natura e Revlon

A ideia é alcançar as pessoas que entram nas lojas apenas para olhar, mas saem sem comprar nada

Loja da Sephora no Shopping Eldorado mostra produtos da Natura na vitrine (Sephora/Divulgação)

Loja da Sephora no Shopping Eldorado mostra produtos da Natura na vitrine (Sephora/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 23 de outubro de 2018 às 11h00.

Última atualização em 23 de outubro de 2018 às 11h00.

São Paulo - A Sephora, varejista francesa de cosméticos e maquiagens conhecida por lojas luxuosas, começou a vender produtos e marcas mais acessíveis.

As marcas Natura (Una, Aquarela, Ekos, Chronos, Seve, Kaiak, ILIA, LUNA, Essencial, Natura Homem e K), Bruna Tavares, Aussie, Australian Gold e Revlon passam a ser comercializadas em quatro lojas físicas da empresa, além do comércio eletrônico.

A ideia é alcançar as pessoas que entram nas lojas apenas para olhar, mas saem sem comprar nada. Em pesquisas, a empresa descobriu que 62% de suas clientes entram nas lojas pelo menos uma vez por mês, mas nem sempre consomem algo.

Além disso, encontrou uma nova tendência de consumo, que chamou de "high low". É cada vez mais comum que as consumidoras comprem tanto itens de prestígio quanto aqueles mais acessíveis.

No caso de maquiagens, em uma base, optam por investir mais, pois esperam uma cobertura melhor, efeitos especiais e até tratamentos hidratantes, enquanto em um batom costumam gastar menos. Para cosméticos, optam por anti-rugas caros, mas cremes para as mãos acessíveis, conta a diretora-geral da marca francesa no Brasil e vice-presidente sênior LATAM, Flavia Bittencourt.

No entanto, essas compras eram feitas em lojas separadas, com farmácias de um lado e lojas de prestígio de outro. Com os novos produtos, a Sephora quer reunir todas essas compras em um mesmo lugar, assim como já acontece no exterior, em lojas como Ulta e Douglas.

A entrada das novas marcas também visa atrair a classe C. Essas consumidoras já eram a maioria das compras online, responsáveis por mais de 60% dos acessos. "A consumidora, mesmo da classe C, não compra só produto acessível. Economiza, parcela, usa o perfume caro só de fim de semana, mas também consome", diz Bittencourt. No entanto, elas iam pouco às lojas, por achar que os produtos eram muito caros. "Agora, com Natura na vitrine, ela pode entrar sem medo", fala.

Entre as prateleiras de base, sombras e batons, há produtos de mais de 3 mil reais. Até então os produtos mais baratos custavam 30 reais. Com a entrada das novas marcas, os preços começam em 17 reais.

“(Tornar a loja mais acessível) é uma batalha constante da Sephora, desde que ela chegou ao Brasil. A loja é luxuosa e o atendimento é mais personalizado, mas não quer dizer que é uma loja apenas de produtos caros”, diz a diretora.

As novas marcas já estão disponíveis em quatro lojas. Para o primeiro semestre de 2019, a expansão da distribuição das marcas massivas está programada às outras 23 lojas e 14 pop up stores da Sephora no país. No projeto piloto, a conversão de vendas já aumentou, diz a empresa.

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