Negócios

Sede da Volkswagen é alvo em nova investigação

Investigação envolve divulgação de informações exageradas sobre a eficiência no consumo de combustível de seus veículos

Volkswagen: promotores da cidade de Braunschweig revistaram 13 escritórios na sede da empresa em Wolfsburg no começo de março (Stephen Lam/Reuters)

Volkswagen: promotores da cidade de Braunschweig revistaram 13 escritórios na sede da empresa em Wolfsburg no começo de março (Stephen Lam/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 20 de março de 2018 às 19h50.

Berlim - Procuradores alemães disseram nesta terça-feira que promoveram uma operação na sede da Volkswagen como parte de uma nova investigação envolvendo divulgação de informações exageradas sobre a eficiência no consumo de combustível de seus veículos.

A notícia é o mais recente retrocesso nos esforços da empresa alemã para superar o escândalo de 2015, em que admitiu ter fraudado testes de emissões de poluentes de motores a diesel nos Estados Unidos.

Os promotores da cidade de Braunschweig revistaram 13 escritórios na sede da Volkswagen em Wolfsburg, no começo de março, apreendendo documentos e arquivos de computador que serão revisados ​​agora, disse um porta-voz da promotoria, confirmando reportagem da revista alemã WirtschaftsWoche.

O foco das autoridades foi um comunicado divulgado pela Volkswagen em 9 de dezembro de 2015 - cerca de três meses depois do escândalo que ficou conhecido como "dieselgate" ter explodido nos Estados Unidos.

Nesse comunicado, a Volkswagen informou que suas próprias investigações descobriram que o consumo de combustível e, portanto, as emissões de dióxido de carbono (CO2) foram subestimados, em mais de 36 mil veículos.

Esse volume é muito menor que a estimativa preliminar de cerca de 800 mil veículos a diesel e gasolina produzidos cinco semanas antes, o que levou a Volkswagen a alertar que poderia enfrentar um impacto de 2 bilhões de euros (2,5 bilhões de dólares).

A empresa também disse em sua declaração de dezembro de 2015 que não encontrou evidências de alterações ilegais nos dados de emissões de CO2.

Os promotores disseram na terça-feira que estão investigando indivíduos por suspeitas de manipulação de mercado.

A Volkswagen, maior montadora de veículos da Europa, confirmou as buscas, mas recusou mais comentários.

Separadamente, os promotores de Braunschweig investigam o ex-presidente-executivo da Volkswagen Martin Winterkorn, o ex vice-presidente financeiro e atual presidente do conselho de administração Hans Dieter Poetsch, e o atual presidente da marca VW Herbert Dies sobre suspeita de manipulação de mercado relacionada ao diesel gate. A Volkswagen nega qualquer manipulação.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaMontadorasVolkswagen

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'