São Paulo – Eventual ministro da Fazenda (se Aécio Neves for eleito pelo PSDB no pleito deste ano), Armínio Fraga disse que, se assumir a pasta, vai deixar o fundo de private equity Gávea, criado pelo ex-presidente do Banco Central em 2003.
"Com certeza me desvincularia da Gávea. Venderia minhas cotas na empresa", afirmou Fraga, que é o principal acionista do fundo, em uma entrevista concedida à revista VEJA, que chegou às bancas neste sábado.
Ele também disse que seus investimentos pessoais seriam colocados em uma conta cega, da qual não teria acesso antes de deixar o governo.
"Minha única exigência é que a carteira fosse concentrada em investimentos no Brasil", acrescentou o ex-chefe do Banco Central do segundo mandato do governo FHC.
Na longa entrevista, o conselheiro econômico de Aécio Neves fez críticas à situação econômica do país, com crescimento fraco, inflação em alta e baixa produtividade do trabalhador brasileiro.
Fraga também disse que assumir o ministério da Fazenda agora é um desafio maior do que ter entrado em meio a uma crise cambial, em 1999.
"Hoje não temos uma crise aguda, mas o quadro geral é profundo", explicou.
Negócios
Neste ano, o Gávea já investiu R$ 100 milhões para financiar a Camisaria Colombo, após ter comprado 30% da empresa em 2013.
O fundo também tentou comprar o controle do laboratório Fleury, chegando a levantar até R$ 1 bilhão, mas as negociações não avançaram.
Atualmente, o fundo possui um patrimônio sob gestão de R$ 16 bilhões.
-
1. Aécio Neves (PSDB)
zoom_out_map
1/9 (Oscar Cabral/Veja)
Armínio Fraga, ex-presidente do BC É o grande guru econômico de Aécio. Mantém contato com dezenas de economistas e organiza ideias e propostas nesse campo.
-
2. Aécio Neves (PSDB)
zoom_out_map
2/9 (Germano Lüders/EXAME)
José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados Lidera as discussões sobre política industrial junto com o pesquisador do Ipea Mansueto de Almeida.
-
3. Aécio Neves (PSDB)
zoom_out_map
3/9 (EXAME.COM)
João Manoel Pinho de Mello, professor do Insper Uma das principais novidades. Nunca encontrou Aécio, mas é muito próximo de Arminio. Colabora com ideias para mudar o modelo de concessões.
-
4. Dilma Rousseff (PT)
zoom_out_map
4/9 (Artur Cruz/Agência Brasil)
Nelson Barbosa, ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda Tem colaborado intensamente para o programa e é o favorito para assumir o lugar do ministro Mantega num segundo mandato.
-
5. Dilma Rousseff (PT)
zoom_out_map
5/9 (Nelson Almeida/AFP)
Alessandro Teixeira, ex-secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Coordenador do programa de governo pela segunda vez, organiza as propostas para a área econômica.
-
6. Eduardo Campos (PSB)
zoom_out_map
6/9 (Raul Junior/EXAME)
Eduardo Giannetti da Fonseca, ex-professor do Insper Coordena informalmente as discussões sobre política econômica. Porém, está longe de ter o papel que Arminio Fraga exerce na campanha tucana.
-
7. Eduardo Campos (PSB)
zoom_out_map
7/9 (Paulo Jares)
André Lara Resende, ex-presidente do BNDES Um dos principais formuladores do Plano Real, ajuda com propostas específicas sobre desenvolvimento econômico sustentável.
-
8. Eduardo Campos (PSB)
zoom_out_map
8/9 (Fabiano Accorsi/EXAME)
Tiago Cavalcanti, professor de Cambridge Especialista em desenvolvimento econômico, ele busca jovens economistas para novas rodas de conversa com Campos e Marina.
-
9. Eduardo Campos (PSB)
zoom_out_map
9/9 (EXAME.COM)
Alexandre Rands, sócio da consultoria Datamétrica Organiza as propostas que surgem nos encontros de economistas. É especialista em desenvolvimento Norte-Nordeste.